BMW mantém estratégia e diz que seguirá oferecendo carros compactos

A virada para eletrificação tem provocado mudanças profundas no portfólio de muitas montadoras, especialmente em razão do foco dado para veículos mais caros e refinados. A estratégia ameaça modelos menores e dificulta a manutenção de muitas marcas nos chamados segmentos de entrada. A BMW está ciente disso, mas desde já garante que não abandonará este nicho ou a oferta de modelos compactos.

Em conversa com a agência de notícias Reuters, o CEO da empresa, Oliver Zips, disse que é errado para uma montadora premium deixar o segmento de entrada. Segundo o executivo, o segmento “será o núcleo do nosso negócio no futuro”. Atualmente, a BMW é representada na categoria pelos modelos da linha Série 1, Série 2 Active Tourer e portfólio da Mini.

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A visão da BMW é bastante diferente daquela compartilhada pela arquirrival Mercedes-Benz. A marca da estrela anunciou no início deste ano que concentrará 75% de seus investimentos em veículos maiores e mais caros. Concomitantemente, confirmou que reduzirá a oferta de entrada e compactos, reconhecendo que foi ambiciosa demais na estratégia de carros pequenos.

Na prática, a linha de entrada da Mercedes será reduzida de sete para quatro veículos, atingindo diretamente os modelos da família Classe A. A empresa pretende transformar sua linha em três categorias: Entry Luxury, Core Luxury e Top-End Luxury. O primeiro modelo elétrico no segmento Entry Luxury será lançado em 2024 e será lançado na plataforma dedicada de MMA da empresa.

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Para cumprir a promessa, a BMW terá de superar desafios importantes. A autonomia ainda é peça-chave para viabilidade comercial do carro elétrico e, em modelos menores, o espaço para instalação de baterias grandes e pesadas é reduzido.

Os preços também são um entrave, já que nos segmentos de entrada as margens de lucro são bem mais apertadas. Apostas se concentram no aprimoramento tecnológico das baterias, que tendem a se tornar cada vez mais eficientes e leves, além de menores.

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