Recentemente, a General Motors do Brasil transferiu a produção de Onix Joy e Joy Plus para a Colômbia e encerrou o ciclo do carro que já nem era mais vendido por aqui. No entanto, existem diversos outros modelos que são fabricados por brasileiros, mas não podem ser comprados dentro do território nacional.
Seja por diferenças de legislação ou simplesmente por demandas específicas de cada mercado na América Latina, alguns carros fabricados aqui recebem configurações - e até sobrevida - em outros países da região. Separamos aqui uma lista com 10 destes casos, onde é mais fácil ir até a Argentina do que encontrá-los por aqui, e nem contamos modelos feitos aqui que chegam com outro nome ou outra marca, como a Fiat Strada/RAM 700.
O Toyota Etios e seu respectivo sedã saíram de linha quando a empresa decidiu focar os esforços produtivos no Corolla Cross, mas a fábrica de Sorocaba (SP) continuou produzindo o modelo para exportação. Na Argentina por exemplo, o carro segue equipado com o motor 1.5, que pode ser combinado a um câmbio manual de 6 marchas ou o veterano automático de 4 velocidades, exatamente do jeito que o carro morreu no Brasil.
O Toyota Etios Aibo é uma junção de vários elementos que não temos no Brasil. Na Argentina, foram além: o carro nacional perde os bancos traseiros e as janelas são cobertas para se tornar um "veículo comercial". Com uma tarifação mais camarada, se tornou um dos carros mais barato do país vizinho. A mecânica é a mesma dos Etios convencionais exportados daqui para lá, mas apenas o câmbio manual é oferecido.
A atual geração do Renault Duster evoluiu ao aposentar o antigo motor 2.0 aspirado pelo 1.3 turbo. No entanto, até hoje ainda estamos esperando o retorno da versão 4WD, com tração integral. O carro feito em São José dos Pinhais (PR), por outro lado, chega com o novo propulsor e tem a tração nas 4 rodas como opção. Outra exclusividade de lá que é feita aqui é a combinação do motor turbo com o câmbio manual de 6 marchas.
Da mesma forma, a Renault Oroch nacional oferece apenas tração dianteira. Mas a mesma fábrica que produz para cá, produz para a Argentina com a tração integral em conjunto ao motor 1.3 turbo. O câmbio também somente manual de 6 marchas. O único consolo é que a picape de lá também está uma geração para trás do Duster, como a nossa.
A apresentação da linha 2023 do Volkswagen Polo viu um pequeno retrocesso: o carro deixou de oferecer o 1.0 turbo 200 TSI para vir equipado com o mesmo propulsor na configuração do finado up!: o 170 TSI. O hatch ainda conta com opção de câmbio manual. No entanto, este conjunto já existia, só não era para o bico dos brasileiro até agora. O Nivus já vai há bastante tempo para a Argentina com o 170 TSI e o câmbio manual, combinação que nunca existiu por aqui.
A linha 2023 do Jeep Renegade chegou há pouco tempo na Argentina, mas o carro vendido por lá e fabricado em Goiana (PE) tem dois "restos de brasileiro": o motor 1.8 e.Torq e o câmbio manual na versão de entrada. O propulsor veterano deixou de ser oferecido por aqui por não mais entender às regras de emissões de poluentes. Já o câmbio manual do Renegade deixou de ser uma opção por aqui pois o público não o comprava.
Se a Fiat Toro tem a mesma plataforma e sai da mesma fábrica que o Jeep Renegade, o mesmo fenômeno do SUV acontece na picape. Enquanto por aqui o motor 1.8 até resistiu como opção de entrada, hoje só pode ser encontrado em outros países, como a Argentina. O mesmo acontece com o câmbio manual para a picape.
O Citroën C4 Cactus que é fabricado no Brasil, mais especificamente em Porto Real (RJ), pode trazer o câmbio que você quiser, desde que seja o automático de 6 marchas. Tanto faz se você escolhe o motor 1.6 flex aspirado ou o turbo THP. Na Argentina, o carro brasileiro ainda pode levar um câmbio manual de 5 marchas junto ao motor aspirado, se o comprador quiser.
Enquanto o Peugeot 2008 de nova geração deve chegar primeiro ao Brasil como elétrico, a atual geração do SUV continua saindo da mesma fábrica que o C4 Cactus, inclusive compartilhando as mesmas opções de motor e câmbio. E, da mesma forma que o primo da Citroën, só pode ser adquirido com câmbio manual e motor 1.6 aspirado fora daqui, em países como a Argentina, por exemplo.
O entrante mais recente dessa lista é o Citroën C3 de nova geração. O hatch por aqui é feito em Porto Real (RJ) e traz ou o motor 1.0 do Fiat Argo ou o veterano 1.6 aspirado do C4 Cactus e companhia. Na Argentina, onde não há tarifação menor pela cilindrada do motor, o carro tem o conhecido 1.2 Pure Tech como opção de entrada. Vejam a complexidade: o motor vem importado da Hungria, é montado no C3 no Rio de Janeiro e de lá é exportado para a Argentina.
Outro que já deixou o mercado brasileiro, mas ainda é oferecido em países como Uruguai, Colômbia e Chile é o WR-V. O aventureiro que usa a base do finado Fit permanece sendo produzido em Itirapina (SP) para exportação. No Uruguai, por exemplo, o modelo é comercializado com o motor 1.5 da mesma forma como era no Brasil. Por lá, porém, ainda há opção de entrada com câmbio manual, enquanto as demais usam transmissão automática CVT.
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