Dodge Challenger quase adotou plataforma do Alfa Romeo Giulia

Plano foi gestado por volta de 2013-2015, mas acabou nunca virando realidade

Por: Dyogo Fagundes

04 Outubro 2022 em 13:51

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Apesar de normalmente serem guardados a sete chaves, detalhes sobre o desenvolvimento de novos produtos muitas vezes são revelados anos depois a título de curiosidade e entretenimento. Vimos isso recentemente com projetos nacionais da Volkswagen e, agora, o mesmo acontece com o grupo Stellantis, especificamente envolvendo a marca Dodge.

O caso diz respeito ao esportivo Challenger e remete aos trabalhos em torno da geração atual, iniciados por volta de 2013-2015. Nessa época, o grupo FCA Fiat-Chrysler já estava formado e surgiu a ideia de adotar como base no projeto a plataforma Giorgio de origem Alfa Romeo, usada pelo modelos como Giulia e Stelvio. A arquitetura tem tração traseira, como exige o modelo, e representaria avanços importantes em termos de dirigibilidade e redução de peso.

"Na plataforma Giorgio, teríamos um carro que, francamente, teria sido mais leve, teríamos lidado melhor", disse Tim Kuniskis, chefe da Dodge, no Autoline Network Podcast. O executivo esclareceu ainda que dar ao Challenger uma nova plataforma teria aproximado o muscle car dos rivais Ford Mustang e do Chevrolet Camaro, mas essa não era necessariamente a intenção.

"Esses são ótimos carros, esses são carros fantásticos, por que gostaríamos de rivalizar com eles, em seu nicho? Vamos ficar no nosso e sermos totalmente diferentes deles, ir para a esquerda quando eles estiverem indo para a direita e tentar conquistar este espaço", explicou.

Para preservar a pegada mais bruta em relação aos concorrentes ou por questões financeiras, o fato é que a ideia inicial foi abandonada e o Challenger renovado acabou chegando ao mercado em 2014 com a mesma plataforma Chrysler LC de 2008. Agora, passados esses anos, o modelo ensaia despedida com série especial a ser lançada em breve.

O sucessor será puramente elétrico e foi recentemente antecipado através de conceito. Resta saber se agradará o público entusiasta do Challenger sem um V8 sob o capô.