Mercedes-AMG C63 S E-Performance: o mais potente e eletrificado já feito
Sedã esportivo troca lendário motor V8 biturbo por conjunto híbrido de 680 cv; valeu a pena?
Após apresentação prévia realizada no Festival de Goodwood em junho, a Mercedes-AMG finalmente oficializa nesta semana a estreia do C63 S E-Performance 2024. O sedã chega ao mercado completamente reformulado e enquadro no que há de mais avançado dentro da marca em termos de tecnologia e performance. Não à toa, é considerado o mais poderoso já feito e capaz de alcançar números superlativos de potência e desempenho.
A partir de agora, o conjunto mecânico é híbrido plug-in e - para desagrado dos puristas - sem relação alguma com o antigo motor V8 biturbo. A mudança foi necessária para enquadrar o modelo nos mais rigorosos padrões anti-poluição em vigor e, de quebra, abriu caminho para incrementar-lo ainda mais em termos de entrega e tecnologia embarcada.
Galeria: Mercedes-AMG C63 S E Performance 2024
Debaixo do capô, o motor 2.0 de quatro cilindros, o famoso M139 do Mercedes-AMG A45 S, é considerado o mais potente do mundo em sua categoria. Está equipado com turbocompressor eléctrico (tecnologia herdada da Fórmula 1) e entrega números ainda melhores em relação ao Classe A: 476 cv de potência e 55,5 kgfm de torque.
Por sua vez, o propulsor elétrico do conjunto desenvolve 204 cv e 32,6 de força, além de fornecer 13 de autonomia elétrica. Juntos, os dois motores atingem 680 cv e 104 kgfm de torque. Ou seja, cerca de 170 cv a mais que a geração anterior equipada com motor V8. O câmbio é automático de 9 marchas, com tração nas quatro rodas.
O conjunto conta ainda com uma bateria de 6,1 kWh que, assim como o bloco elétrico, oferece suporte para o motor térmico. O objetivo não é fazer o máximo de quilômetros no modo EV, mas sim colocar as vantagens do elétrico a serviço do motor a gasolina.
Dados de fábrica indicam aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 3,4 segundos e velocidade máxima de 250 km/h - ou até 280 km/h como opcional. Nada mal para um carro de 2,1 toneladas.
A Mercedes-AMG diz ainda que, para além do desempenho, C63 conta com diversas tecnologias que o tornam ainda mais dinâmico. Destaque para suspensão AMG Ride Control com amortecimento ajustável e para as rodas traseiras direcionais que, até 100 km/h, giram até 2,5°, enquanto acima, giram até 0,7°.
O sedã conta ainda com 8 diferentes modos de condução: Electric, Comfort, Battery Hold, Sport, Sport+, Race, Slippery e Individual. Como o nome sugere, o primeiro modo utiliza exclusivamente o motor eléctrico até uma velocidade de 125 km/h, enquanto o segundo se concentra na economia de combustível alternando a utilização dos dois motores.
Já o modo Battery Hold mantém a carga armazenada na bateria, enquanto os modos Sport, Sport+ e Race exigem mais força do conjunto híbrido plug-in. A configuração Slippery torna a condução em superfícies escorregadias mais segura e, finalmente, com a opção Individual o motorista pode personalizar o acerto da direcção, o som do escape ou a firmeza da suspensão.
Em termos dimensionais, o Mercedes-AMG C63 S E-Performance é 8,4 cm mais longo e 7,6 cm mais largo do que a geração anterior. Na dianteira, há nova entrada de ar no capô e aberturas aerodinâmicas ativas na grade para regular o fluxo de ar para o motor. Na traseira, destaque para as tradicionais quatro saídas de escape retangulares. Completam o conjunto rodas de 19 polegadas de série e de 20 polegadas opcionais.
Na cabine, há bancos específicos AMG Performance, novos grafismos e animações no painel de instrumentos digital, além de novas inserções de carbono ou alcântara no acabamento. Volante com desenho exclusivo, emblemas como a logo da divisão esportiva também estão presentes.
As vendas serão iniciadas no final do ano ou, no máximo, início de 2023.
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