O dados de vendas de motos em agosto já tinham adiantado um mês positivo para a indústria de duas rodas nacional. Foram 118.549 emplacamentos no mês passado, um crescimento de 10,16% sobre julho. Agora, a Abraciclo, que reúne as principais fabricantes nacionais, revelou os dados de produção para agosto.

No mês passado, foram construídas 145.852 motocicletas pelas associadas da Abraciclo. O volume superou em 17,9% o registrado em agosto de 2021 (123.722 unidades) e representou um crescimento de 39,2% na comparação com os números de produção para o mês de julho de 2022, quando 104.775 motos foram fabricadas.

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Este foi o melhor resultado para o mês de agosto desde 2013, quanto 157.854 motocicletas saíram das linhas de montagem. No acumulado do ano, a indústria produziu 921.921 motocicletas em 2022, o que corresponde a uma alta de 17% na comparação com o mesmo período de 2021 (787.810 unidades). Esse é o melhor desempenho do setor desde 2014, quando foram produzidas 1.038.714 motocicletas no acumulado entre janeiro e agosto.

Com isso, a Abraciclo está mantendo sua projeção revisada para 2022 de produzir cerca de 1.320.000 unidades. Se atingido de fato, representará um crescimento de 10,5% na comparação com o fechamento de 2021. O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o setor mantém um ritmo forte de produção. “As fabricantes seguem operando conforme o planejado. Em agosto, tivemos um mês cheio de produção, que deverá refletir nas vendas no varejo em setembro”, analisa.

Vale lembrar que, em junho e julho, a maior parte das fabricantes deu férias coletivas para seus funcionários, o que impactou o resultado no geral. Sobre a continuidade dos resultados positivos, Fermaniam explica que o consumidor brasileiro tem optado cada vez mais pela motocicleta. “Muitas pessoas não querem mais ficar paradas nos congestionamentos dos grandes centros urbanos. Há, ainda, o custo de manutenção. Os gastos com um modelo de baixa cilindrada ou uma scooter são bem menores do que a despesa com qualquer outro meio de transporte”.

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Em agosto, a região Sudeste foi a que mais emplacou motocicletas. Foram licenciadas 45.944 motocicletas, o que corresponde a 38,8% do mercado. Em segundo lugar, ficou o Nordeste (34.405 unidades e 29%). Na sequência, vieram o Norte (15.267 motocicletas e 12,9%), Centro-Oeste (11.511 unidades e 9,7%) e Sul (11.418 motocicletas e 9,6%).

As três primeiras posições no ranking do acumulado do ano foram mantidas: Sudeste (334.868 unidades e 38,8% do mercado), Nordeste (254.903 motocicletas e 29,6%) e Norte (105.434 unidades e 12,2%). Em quarto lugar, ficou o Sul (85.243 motocicletas e 9,9%) e em quinto, o Centro-Oeste (82.161 unidades e 9,5%).

Enquanto os resultados internos são positivos, as exportações permanecem representando um volume pequeno do que é fabricado no Brasil, apesar de terem crescido. As associadas da Abraciclo exportaram 7.807 motocicletas em agosto. O volume é 39,2% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (5.607 unidades) e 57,3% maior às 4.962 motocicletas embarcadas para o mercado externo em julho.

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