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BMW apostará na cobrança de mensalidade para liberar funções do carro

No Reino Unido, marca já explora o serviço cobrando pela ativação de aquecimento nos bancos

BMW Série 2 Active Tourer 2022

Apesar das reclamações e da reação negativa de muitos consumidores, o serviço de cobrança extra para ativação de determinadas funções do carro parece que definitivamente veio para ficar. O novo nicho já está sendo explorado pela BMW em muitos mercados e deverá ser expandido nos próximos anos, conforme revelado pela própria empresa em entrevista concedida à agência de notícias Bloomberg.

De acordo com a BMW, o novo mercado é bastante promissor e deverá movimentar até 2030 algo em torno de 5 bilhões de euros (aproximadamente R$ 25,7 bilhões). Atualmente, a marca explora o serviço no Reino Unido e cobra pela ativação da função de aquecimento dos bancos. A cobrança pode ser mensal ao custo de 15 libras (R$ 93) e anual por cerca de 150 libras (R$ 930). Há ainda opção de pagar por três anos 250 libras (R$ 1.552) ou usar de forma ilimitada por 350 libras (R$ 2.180).

Galeria: Novo BMW Série 7 2023

Como justificativa, a marca argumenta que os serviços de assinatura proporcionam mais flexibilidade ao conteúdo dos veículos e dão ao cliente a opção de pagar por determinada função apenas quando necessário (assentos aquecidos seria contratados apenas no inverno, por exemplo). Dependendo do mercado, a BMW também cobra por volante aquecido, conexão wireless para Apple CarPlay, assistente de farol alto e sistemas de segurança adicionais.

A BMW é uma das pioneiras neste nicho, mas outros importantes grupos também devem passar a explorá-lo em breve. É o caso da Stellantis, que já realizou estudos e avalia como bastante promissor o segmento. Segundo a empresa, seria possível faturar até US$ 23 bilhões (R$ 123,1 bilhões) por ano. O montante é bastante considerável, ainda bem levando em conta que o equipamento já estará instalado no veículo e que o serviço consistirá apenas na ativação do mesmo.

Novo BMW Série 7 2023

Por outro lado, há marcas que não apoiam a ideia. É o caso da Ford e da Toyota, que já declararam não ter interesse em entrar nesse mercado. Críticos afirmam ainda que "não é correto" cobrar mensalidades para usufruir de algo que já está no veículo.

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