Pela primeira vez, a Volkswagen falou abertamente sobre a reestilização do Polo. Além de confirmar que o hatch será apresentado ainda em 2022, é bastante perceptível que a marca está preocupada em elevar o nível de seu hatch compacto em termos de equipamentos e tecnologias. E começou pelos faróis.
Os flagras que fizemos e recebemos sempre deixaram uma coisa perceptível mesmo com camuflagem. Todas as unidades traziam faróis em LEDs, seja com espelhos como os do Nivus, ou faróis mais elaborados no GTS usando projetores, estes o mesmo utilizado pelo Polo GTI na Europa. E fato, a Volkswagen usará a tecnologia em toda a linha do Polo 2023.
Além do estilo mais moderno, os LEDs são mais eficientes que as lâmpadas halógenas que são aplicadas na indústria. Os LEDs (Light Emitting Diode, ou diodo emissor de luz) gastam menos energia para produzir a mesma ou mais quantidade de luz, com um aproveitamento melhor. Se nos carros elétricos isso é fundamental, também colabora nos modelos a combustão.
Segundo a engenharia da VW, trocar as halógenas pelos LEDs economiza cerca de 3% de combustível. Isso pois, mais eficiente, exigirá menos do alternador para a recarga da bateria e, consequentemente, demandando menos do motor a combustão. É algo pequeno, mas que entra em uma lista de mudanças feitas em busca da maior eficiência dos veículos. Isso também entra na conta de emissões de CO2, reduzido a média anual em 7g para cada carro com a tecnologia.
A maioria das versões terão uma versão do farol, produzida pela Arteb no Brasil, com espelhos. Luzes diurnas, luz de posição, seta, farol alto e baixo são em LEDs e estarão desde a versão de entrada do Polo até a provável Highline. Para o GTS, virá da Alemanha a mesma peça aplicada no GTI, mais moderna e complexa.
Complexa pois usa uma tecnologia até então reservada aos modelos mais caros. O LED Matrix do Polo GTS é composto por 6 LEDs em cada farol para o farol-alto, que se adapta com a ajuda de uma câmera, para evitar o ofuscamento de outros motoristas. Eles acendem e apagam individualmente conforme a necessidade, independente do canhão do farol baixo. Luzes diurnas e setas também usarão LEDs no GTS. É o chamado IQ.Light.
Mas isso tudo tem um preço. Enquanto uma lâmpada halógena custa de 3% a 8% de um farol, o sistema de LEDs chega aos 70% do preço total da peça. Seu alcance é de cerca de 130 metros, enquanto uma lâmpada H7 normal é de 70 metros, mas tem um custo mais alto no pacote. Ao menos a necessidade de troca é bem inferior e, mesmo assim, a engenharia já trabalha em formas de reparo sem a necessidade de troca completa dos faróis.
A Volkswagen trabalha pesado nessa reestilização do Polo. Além dos novos faróis, o hatch terá sistemas já presentes nos SUVs T-Cross e Nivus, como piloto automático adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática e painel digital em todas as versões - 8 polegadas nas configurações mais baratas e 10 polegadas nas mais caras. Além da chegada das versões com o motor 1.0 turbo menos potente no lugar dos 1.6 aspirados, ele seguirá com o 1.0 turbo 200TSI e o 1.4 turbo no GTS.
Segundo Ciro Possobom, COO da marca, ainda é um segmento que representa uma boa fatia do mercado brasileiro e justifica esse investimento mesmo com a preferência dos clientes pelos SUVs. A marca trata Polo e Polo Track como produtos diferentes, sendo que o segundo será o modelo de entrada e mais simples com produção em Taubaté (SP) para substituir o Gol em 2023. E isso explica também a preocupação da VW em dar um salto com o Polo reestilizado.
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