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VW Kombi: ex-designer da marca revela como seria a reestilização da perua

Antigo chefe de design da VW Brasil, Luiz Veiga mostra como a "Velha Senhora" poderia ter ficado se não tivesse que sair de linha

Volkswagen Kombi por Luiz Alberto Veiga

Fora de linha desde o final de 2013 por conta da legislação de segurança que obrigava todos veículos à venda no Brasil terem airbag duplo frontal e freios ABS, a Volkswagen Kombi se despediu na época em grande estilo com a versão Last Edition. Porém, a famosa perua poderia ter ganhado sobrevida caso as novas normas de segurança não tivessem entrado em vigor, é o que foi revelado por Luiz Veiga, ex-designer da Volkswagen do Brasil.

A revelação um tanto surpreendente foi publicada por Luiz Veiga (@veigaluizroberto) em seu perfil no Instagram. Caso você não esteja ligado na indústria automobilística, Veiga é um dos grandes nomes do design da Volkswagen em terras tupiniquins, sendo responsável por nada menos do que os projetos do Gol, Saveiro, Pointer e Fox. O designer se aposentou na VW em 2018 depois de quatro décadas trabalhando à frente de modelos de peso no mercado nacional.

 

Em sua publicação no Instagram, Veiga publicou duas imagens da Volkswagen Kombi, revelando que a van poderia ter ganhado uma reestilização dianteira que a deixaria um tanto mais moderna. A primeira foto dividida ao meio mostra duas propostas de design para a velha senhora: na solução à esquerda, a Kombi traz faróis ovalados para tentar se manter fiel ao modelo original, mas acabou lembrando mesmo os faróis da geração 996 do Porsche 911, que tinha faróis apelidados de “ovo frito”. O friso superior continuaria em preto, mas ganharia luzes de seta maiores e com formato mais arredondado.

Já a segunda solução de design à direita contaria com faróis alocados em posição mais baixa e com formato mais quadrado e horizontal, nos moldes da Volkswagen Caravelle que teve algumas unidades importadas para cá no final da década de 1990. Haveria ainda uma grade dianteira estreita que faria a ligação entre o conjunto óptico, enquanto a luz de seta seria integrada ao farol, com isso a parte de cima teria apenas o friso em preto – posicionado um pouco mais para baixo.

As duas alternativas de reestilização proposta por Veiga para a Kombi tinham detalhes em comum: o borrachão abaixo do para-brisa seria mais espesso, enquanto o para-choque dianteiro seria envolvente e provavelmente de plástico, trazendo detalhe em preto na porção central no design da esquerda. Os retrovisores ficaram na mesma posição da Kombi original, mas o formato seria levemente mais arredondado.

Volante era o mesmo do Gol quadrado

A segunda imagem publicada revela parte do interior da Kombi reestilizada. O painel é bem melhor trabalhado, trazendo formas arredondadas e um arco que vai do painel de instrumentos e contorna a região do rádio (aparentemente um toca-fitas). O painel de instrumentos tem velocímetro até 160 km/h e indicador do nível de combustível, enquanto do lado esquerdo há botões dos faróis e do pisca-alerta (há um terceiro botão, mas não é possível identificar).

O comando na vertical da entrada de ar na cabine é o mesmo, enquanto do lado direto mais para baixo há outro porta-objetos, pois aqui o painel foi estendido para baixo. O volante foi trocado e parece ser o mesmo do Gol quadrado do começo da década de 1990.

Não há mais detalhes revelados, mas em sua última fase a Kombi contava com um motor 1.4 refrigerado a água (o radiador ficava centralizado na frente), o mesmo usado no Fox exportação. Na Kombi esse conjunto rendia 80 cv com etanol e 78 cv na gasolina, ambos a 4.800 rpm, enquanto o torque era de 12,7 kgfm com combustível vegetal e 12,5 kgfm na gasolina, sempre a 3.500 rpm. E aí, qual reestilização você acha que caiu melhor na Kombi?


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