Apresentada ao mundo no último dia 7 de julho, a nova geração da Volkswagen Amarok chegou ao mercado com avanços importantes na comparação com a linhagem anterior. Entre outras mudanças, a picape trocou de plataforma, adotou novos caminhos estéticos e incorporou tecnologias até então inéditas. Abaixo, reunimos as principais diferenças em relação à Amarok mais antiga, que seguirá em linha para atender o Brasil e mercados vizinhos.
De cara, a maior mudança entre as duas linhagens é estética. A nova Amarok é visualmente mais chamativa e consegue fugir da sobriedade característica da irmã mais velha. Apesar das linhas retilíneas serem comuns, a estreante tem mais charme e soluções mais atraentes. Oferece para-choque com elementos contrastantes com a carroceria, rodas diamantadas ou pintadas em preto brilhante, adesivos laterais, variadas opções de santo-antônio, cores mais chamativas, entre outros.
A traseira, em particular, ganhou mais identidade e agora conta com o nome do modelo gravado em destaque na tampa da caçamba. As lanternas ficaram menores, ganharam prolongamentos nas pontas e agora não tocam mais as laterais da tampa (pequeno detalhe na cor da carroceria faz a separação). O para-choque também ficou ligeiramente menor e não é mais completamente cromado como antes (especialmente nas versões mais caras).
Em termos dimensionais, mais diferenças importantes. Ao todo, a nova Amarok mede 5,35 metros de comprimento, 1,91 m de largura, 1,88 m de altura e 3,27 metros de entre-eixos. Para efeito de comparação, o modelo anterior conta com 5,25 metros de comprimento, 1,94 m de largura, 1,83 de altura e 3,09 m de entre-eixos. Na prática, a nova é mais longa, mais alta e mais estreita que a atual.
Por dentro, a distância entre-eixos ampliada trouxe avanços em espaço e habitabilidade. Além disso, a cabine passou por profundo processo de modernização e em nada lembra a Amarok lançada em 2010. O destaque fica por conta da central multimídia, que roda uma versão modificada do Ford SYNC 4 e pode ter 10 ou 12 polegadas. O quadro de instrumentos, agora digital, tem 8 polegadas nas configurações mais baratas e 12 polegadas nas mais caras.
Os avanços em termos de qualidade, ergonomia e design são evidentes. Todo o layout é novo, incluindo volante igual ao dos Volkswagen mais novos, variedade de texturas e cores, console e moderna manopla de câmbio. Tudo bem diferente do painel da velha Amarok, bastante criticado pela qualidade dos materiais no lançamento em 2010 e posteriormente reformulado no facelift de 2016.
Mecanicamente, a ruptura com a Amarok atual foi praticamente total - a começar pela plataforma. Como dito, base agora é de origem Ford e compartilhada com a nova geração da Ranger a partir de parceria estratégica firmada entre as duas marcas. A aliança foi tão importante que a própria Volkswagen chegou a dizer que, sem o acordo, não teria interesse em desenvolver - sozinha - uma nova geração para a Amarok.
Da geração anterior a VW aproveitou apenas o motor de entrada, já que todo o resto é novo e desenvolvido em parceria com a Ford. O propulsor é o conhecido 2.0 TDI, capaz de desenvolver 150 cv, 170 cv, 204 cv ou 209 cv - variando conforme versão, câmbio e região de comercialização. Logo acima, o 3.0 V6, também turbodiesel, entrega 241 cv ou 250 cv. É novidade ainda o 2.3 turbo a gasolina, emprestado da Ford e capaz de render 302 cv.
A oferta de transmissões é vasta: manual de 5 ou 6 marchas, automática de 6 posições e, para os motores 2.0 TDI de 209 cv e 3.0 V6, a Volkswagen preparou um novo câmbio automático de 10 marchas, substituindo a caixa de 8 velocidades. Haverá dois tipos de tração 4Motion, o primeiro com um modo 4x4 e o outro com tração integral permanente. Para alguns países, haverá uma versão mais barata somente com tração traseira.
A troca de plataforma também implicou em mudanças de capacidade. Agora, a Amarok é capaz de rebocar 3.500 kg e levar 1.200 kg na caçamba, variando conforme versão. Até então, os números eram de 2.710 kg e 1.156 kg, respectivamente.
Falando em versões, o portfólio é composto por cinco opções: Base, Life, Style, Panamericana e Aventura (nomes diferentes do padrão adotado pela marca globalmente). A Amarok atual, para efeito de comparação, tem gama formada pelos acabamentos Comfortline, Highline e Extreme.
A nova geração terá toda produção concentrada na fábrica de Silverton, na África do Sul, e de lá será enviada para diversos mercados globais. A unidade é de propriedade da Ford e também fará a nova Ranger.
Já a fábrica de Pacheco, na Argentina, seguirá produzindo a Amarok anterior apenas para mercados da América Latina - incluindo o Brasil. Para manter-se atualizada diante das rivais, a picape será reestilizada e permanecerá em oferta por pelo menos mais 10 anos. A nova geração, no entanto, tem lançamento incerto por aqui.
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