Quando estreou em 1972 como um modesto cupê de duas portas, o Honda Civic não tinha a pretenção de ser o carro mais importante da fabricante. Cinco décadas depois, é um modelo vendido em praticamente todo o mundo, com inúmeros versões que o transformaram em um ícone. Agora em sua 11ª geração, o Civic celebra seus 50 anos e 27,5 milhões de unidades vendidas.

O primeiro Civic estreou com três opções de carroceria: um sedã fastback, um hatchback e uma perua. Foi um sucessor do Honda 1300, um carro que fracassou comercialmente. A empresa usou as lições aprendidas com o 1300 para criar o Civic, seu primeiro automóvel de sucesso comercial. Foi um modelo global, chegando à Europa, Ásia e Estados Unidos, neste último coincidindo com a entrada da marca no país.

50 anos de Honda Civic
1ª geração do Civic de 1972
50 anos de Honda Civic
4ª geração do Civic de 1987
50 anos de Honda Civic
5ª geração do Civic de 1991

Começou a crescer nos anos 2000, para que ficasse posicionado entre o Fit (e o sedã City) e o Accord na linha global da empresa. Porém, esta mudança de posicionamento levou a algumas mudanças para que não fosse tão refinado quanto o Accord, perdendo a suspensão de duplo A na dianteira e as versões de tração integral.

A primeira geração do Civic foi montada no Japão e vendeu mais de 1 milhão de unidades em cerca de quatro anos, um resultado impressionante para a época. A segunda geração chegou em 1979, com motores melhoras de uma transmissão manual de 5 marchas. Durou pouco, pois a terceira geração foi lançada apenas quatro anos depois, para atender as mudanças nas preferências dos clientes - carros maiores e mais potentes estavam ganhando espaço.

A sexta geração do Civic foi um marco para a Honda no Brasil, por ser o primeiro carro da marca a ser feito na nova fábrica em Sumaré (SP) a partir de 1997. Era vendido no país importante junto com o Accord, mas foi este o momento em que começou a ganhar volume no país.

Galeria: 50 anos de Honda Civic

Quando chegou na sétima geração, o Civic cresceu novamente. A Honda começou a investir em uma linha de entrada com o Fit e o City, então o sedã médio precisou mudar um pouco mais para justificar seu posicionamento. Também ganhou uma versão híbrida em alguns mercados pela primeira vez, que nunca chegou ao Brasil.

A oitava geração foi outro marco no Brasil, com o chamado "New Civic". Foi o ápice do sedã médio nas vendas por aqui, quando disputava a liderança do segmento com o Toyota Corolla em uma briga muito acirrada. Começou a perder ritmo no modelo seguinte, principalmente no mercado norte-americano, onde foi muito criticado pelo interior mais simples e seu design mais "sem sal". O impacto destas críticas foi tão grande que, quatro anos depois, a Honda mostrou a décima geração do Civic, desta vez com um visual bem mais ousado e o motor 1.5 turbo. Foi o último Civic a ser feito em Sumaré, encerrando a produção nacional.

E, agora, estamos na décima primeira geração do Honda Civic. Está sendo vendido em diversos mercados e o Brasil receberá o sedã no último trimestre deste ano, desembarcando em versão única e, pela primeira vez por aqui, com uma motorização híbrida. No ano que vem, ganhará a companhia do Civic Type R, a icônica versão esportiva que será vendido oficialmente nas concessionárias brasileiras a partir de 2023.

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