Com a linha 2023 do Peugeot 208 batendo a porta, nada como relembrar as diferentes fases da família 200 da marca francesa, que ficou conhecida por ser sua gama de entrada. O chamado segmento B de hatch (modelos compactos) começou lá atrás no 203, o 1º Peugeot feito após a Segunda Guerra Mundial, passando pelo famoso 205 da década de 1980, o 206 da década seguinte, o 207, o 208 e a atual geração do 208.
Falando do mercado brasileiro em si, por aqui não tivemos o 203, modelo feito entre 1948 e 1960 na Europa, e também nem o 207 de nova geração, pois o mercado nacional recebeu o 207 que na verdade era o 206 com a frente do 207 europeu adaptada, numa espécie de reestilização mais profunda. No mais, foi colocado à venda em terras tupiniquins o 205 logo depois da abertura do mercado às importações na década de 1990, enquanto o 206 foi o primeiro nacional da marca. Depois veio o 207, o 208 e o atual 208, que deverá receber o motor 1.0 da Fiat na linha 2023.
Primeiro Peugeot feito após o período da Segunda Guerra Mundial, o Peugeot 203 teve papel importante na história da marca, apesar de não ter sido vendido no Brasil. Ele foi o primeiro modelo da marca francesa produzido em massa, com mais de meio milhão de unidades em seus 12 anos de produção. Além disso, o veículo foi o primeiro monobloco e de cabeçote hemisférico e válvulas em V, atingindo à época a velocidades máxima de 116 km/h.
Uma das gerações mais aclamadas da linha 200 da Peugeot é o 205. Prova disso é que o hatch recebeu o prêmio 'Carro de Ouro do Ano' da década de 1980, sendo destaque por seu design um tanto autoral caracterizado pelas linhas retas e porte compacto. O Peugeot 205 era um modelo global e foi produzido em 7 fábricas de 3 continentes. Com boa dinâmica e desempenho, o compacto foi oferecido no Brasil em pequenos lotes no durante a década de 1990.
Dentre as versões mais famosas, não dá para deixar de falar do 205 Turbo 16, uma série limitada de 200 unidades construídas para homologar a participação do modelo no Grupo B do Campeonato Mundial de Rally. O hot hatch francês contava com carroceria reforçada, motor central transversal de 200 cv e tração nas quatro rodas, o que foi suficiente para ter sucesso nas competições que disputou. Assim, venceu o Campeonato Mundial de Rally para pilotos e construtores em 1985 e 1986; além do Paris-Dakar, em 1987 e 1988.
O Peugeot 206 talvez seja uma das gerações mais emblemáticas da família 200, já que foi um modelo que causou uma ruptura de design com suas linhas arredondadas e faróis arqueados. O modelo acabou se tornando o carro mais vendido da marca francesa no mundo e com ele trouxe outras carrocerias: trouxe o CC (Coupé Cabriolet), o sedã e a família SW, além de outras versões e motores, incluindo os esportivos 206 GTI, 206 RC, 206 Rallye (séries especiais) no mercado europeu.
Como mencionamos lá em cima, o 206 foi ainda o primeiro automóvel da Peugeot produzido na fábrica de Porto Real (RJ), em 2001. Com design à frente para a época de seu lançamento, 206 foi sucesso de mercado e acabou ditando um novo padrão para a categoria. No Brasil, foi vendido com motores 1.4 e 1.6, com opções de carroceria hatch e perua (SW), fora que ainda o país recebeu um lote do conversível 206 CC (hoje bastante raro).
O Peugeot 207 vendido no Brasil talvez seja o modelo menos emblemática que a marca ofereceu por aqui, pois no país ele era basicamente um 206 com dianteira de 207. O hatch era uma reestilização mais profunda do hatch, que foi desenvolvida e fabricada para o mercado da América do Sul, enquanto a Europa contava com a nova geração do 207. Voltando ao modelo nacional, ele tinha faróis maiores e a porção dianteira mais larga, que acaba não conversando com a traseira – a mesma do 206, mas com para-choque e lanternas com novo arranjo interno. Ele foi comercializado no Brasil nas versões hatch, perua (SW) e sedã, que recebia o nome de 207 Passion.
Em 2013 a Peugeot se redimiu e trouxe o novo 208, que trazia o mesmo visual do modelo europeu. O modelo passou a ser vendido somente com carroceria hatchback e contava com um maior espaço interno, além de motores 1.2 e 1.6, estreando mais adiante até uma versão esportiva GT com o famoso motor 1.6 THP turbo de 173 cv de potência. Era destaque ainda a nova cabine, que contava com a estreia do conceito Peugeot i-cockpit, caracterizada pelo painel de instrumentos mais elevado e o volante pequeno. O hatch se destacava ainda pelo teto solar panorâmico, bem como a melhor ergonomia e um design mais arrojado.
A atual geração do 208 comercializa no Brasil foi lançada em 2020 e assim trouxe o mesmo design do modelo europeu. A curiosidade aqui é que pela primeira vez o hatch não trocou o número da última casa decimal do seu nome, assim mantendo o nome 208. A nova geração veio com design bastante ousado e mais esportivo, com destaque para os faróis com luzes diurnos de LED que imitam garras de leão na parte inferior do para-choque.
Na cabine, o acabamento subiu de nível principalmente nas versões mais caras e o conceito I-cockpit foi mantido com uma evolução, com destaque para o painel de instrumentos digital configurável com um inédito efeito 3D. O hatch manteve o famoso motor 1.6, sempre atrelado ao câmbio automático de 6 marchas.
Nesta geração a Peugeot lançou ainda o e-208 GT, de proposta mais esportiva com sua motorização 100% elétrica que entrega bons 136 cv de potência e 26,5 kgfm de torque, o suficiente para o hatch acelerar de 0 a 100km/h em apenas 8,3 segundos.
Já dirigimos o futurista BMW iX no Brasil. O SUV 100% elétrico, que custa até R$ 800 mil por aqui, é o modelo movido a bateria com a maior autonomia do país. Além do visual, a modernidade também está no seu interior nas tecnologias que usa. Confira o vídeo completo:
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