Com Renault fora da Rússia, Duster será Lada e marca soviética voltará

Concluído o processo de transferência da fábrica de Moscou para a administração local e das ações da Lada para o instituto NAMI, as operações da Renault na Rússia passam a ser oficialmente controlados pelo governo de Vladimir Putin. A mudança foi acordada entre as duas partes como consequência do estado de guerra vivido pelo país e terá impactos consideráveis, tanto na oferta de veículos como na indústria automotiva do país como um todo.

Como base no que ficou acertado, toda a gama atual da Lada será mantida em oferta pela AVTOVAZ. Havia dúvidas quanto à continuidade, já que modelos como Largus, Vesta e X-Ray usam plataforma e componentes mecânicos da Renault. "O acordo prevê a manutenção de toda a linha existente de carros AVTOVAZ, com a possibilidade de desenvolver novos produtos de acordo com os planos que a AVTOVAZ já tinha", diz a nota. O grupo AVTOVAZ controla a Lada e, até então, tinha 67,69% de participação da Renault.

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Além disso, está confirmado que a fábrica de Togliatti (RUS) seguirá com a produção do Renault Duster, porém não com o tradicional logotipo do losango cromado. Segundo Denis Pak, diretor do Departamento Russo de Indústria Automotiva e Engenharia Ferroviária, o SUV passará a ser comercializado sob a marca Lada. A produção, já com a troca de emblemas, será iniciada ainda neste ano e atenderá especialmente o mercado local.

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Por outro lado, o executivo não explicou qual será o destino de outros veículos Renault fabricados em solo russo, nomeadamente Sandero, Logan, Arkana e Captur. Disse apenas que a nova estratégia de desenvolvimento da AVTOVAZ será apresentada em um futuro próximo e que será implementada pela nova gerência, em substituição à equipe francesa.

Rumores também indicam que as instalações da Renault em Moscou serão usadas para trazer de volta ao mercado a extinta marca Moskvitch - montadora da era soviética que fechou as portas em 2006. A marca terá tecnologias fornecidas pela Kamaz (grande fabricante russa de caminhões) e começará produzindo veículos tradicionais com motor a combustão, para depois focar em elétricos.