Há poucas semanas, a Ram apresentou a 3500 no Brasil. Produzida no México, divide a linha de montagem com a 2500, sua irmã que tem o mesmo porte e já era vendida no Brasil bem antes, inclusive com filas de espera praticamente sem previsão de entrega. E estes clientes estão sendo contatados pelos concessionários para fazer a troca.
Em grupos de WhatsApp, circula a informação que os concessionários Ram estão sendo orientados a oferecer a 3500 para os clientes que estão na fila pela 2500. Apesar do mesmo porte e o mesmo motor Cummins 6.7 turbodiesel, ela tem mais potência e torque: 377 cv e 117,3 kgfm de torque ante 365 cv e 110,7 kgfm. A transmissão segue automática de 6 marchas com tração 4x4, mas a capacidade de carga é de 1.752 kg de capacidade de carga e 9.021 kg de reboque.
A diferença de preço é baixa. A 3500 é melhor equipada e com duas versões, de R$ 484.990 e R$ 529.990 - a 2500 é oferecida em versão única por R$ 460.990, ou R$ 24 mil de diferença, pequena para o valor total do veículo e seu público alvo, interessado também em receber antes sua picape.
Volume nos EUA pode explicar movimento
A Ram 2500 vende mais que a 3500 nos Estados Unidos, principal mercado da Ram. Ambas produzidas no México, existem as limitações de componentes como em qualquer fábrica ao redor do mundo. Por isso, a estratégia é mandar a 2500 para os Estados Unidos prioritariamente. Segundo informações, 480 unidades da 2500 é a cota para o Brasil - como referência, até março já foram emplacadas 357 unidades.
A própria marca falou na apresentação da 3500 que era esperada a migração dos clientes da 2500 para "furar" a fila de espera. Os concessionários recebendo essa instrução para a troca reforça e confirma a estratégia da Ram com sua nova picape e agradando um cliente que receberá mais rápido sua picape de R$ 500 mil.
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