A Renault prepara uma mudança importante no Brasil. A fabricante anuncia que irá produzir a plataforma CMF-B em seu complexo em São José dos Pinhais (PR), reiterando o que havia sido anunciado pela matriz da empresa em em maio de 2020. E não será só isso, pois a empresa finalmente confirma que terá um motor 1.0 turbo feito no país e que ainda tem planos para um novo SUV.
É a primeira vez que a Renault no Brasil confirma o que foi dito em 2020, sobre adotar a plataforma CMF-B para os carros nacionais. Modular, é bem moderna e é a base dos modelos vendidos na Europa, como Clio, Captur, Arkana e as novas gerações de Sandero e Logan. Durante a apresentação do “Renaulution”, a estratégia da empresa para os próximos anos, os executivos disseram que esta arquitetura seria a base para outros modelos, inclusive o grandalhão Bigster, um SUV médio de 7 lugares que está previsto para 2024 – e que inclusive foi confirmado para a América do Sul.
“A decisão de localizar a moderna plataforma CMF-B no Brasil visa oferecer na América Latina o mesmo nível de conteúdo e qualidade que oferecemos mundialmente”, diz José Vicente De Los Mozos, EVP Industrial do Grupo Renault. A declaração está alinhada com o Renaulution, com a mudança de estratégia da marca: ao invés de buscar volume, a Renault irá atrás de modelos mais refinados caros e lucrativos. E isto acontecerá inclusive no Brasil.
A CMF-B será usada em vários carros da Renault. Além do Bigster, que mencionamos acima, também deve servir base da terceira geração do Duster, para viabilizar a eletrificação com uma versão híbrida para atender o mercado europeu. Na apresentação de 2020, a Renault dizia que seria usada para 7 modelos da Aliança Renault-Nissan, mas na ocasião, aparentemente, estavam os novos Sandero e Logan - agora cancelados. A ideia original é compartilhar esta plataforma com a Nissan, que fará carros baseados nos da Renault.
O motor 1.0 turbo era ventilado há um tempo em informações de bastidores. Tudo indica se tratar do 1.0 TCe, uma versão evoluída do 1.0 SCe aspirado e que é utilizado nos europeus Clio, Captur, Logan, Sandero e Stepway e até em alguns modelos indianos como Nissan Magnite e Renault Kiger e Triber. Em outros mercados entrega 100 cv e 16,3 kgfm de torque, mas deve ficar ainda mais potente ao ser convertido para flex.
O primeiro carro com a plataforma CMF-B será um inédito SUV compacto. Prova disso é o flagra do modelo já roda em testes pelo Brasil. O novo modelo terá estilo alinhado aos mais recentes lançamentos da marca pelo mundo, como o inédito Austral e o novo Megane, mas com as proporções de um SUV compacto. A marca francesa poderá trabalhar o modelo da mesma forma que a Fiat fez com o Pulse, por exemplo.
Por volta de 2024 e 2025, será a vez do Bigster. A Renault já confirmou que será vendido na região e será uma das vitrines da empresa para mostrar seu novo posicionamento como uma fabricante de carros mais refinados. Está sendo desenvolvido pela Dacia, utilizando a experiência da marca romena para reduzir custos, mas a Renault promete que manterá o nível dos carros europeus.
“A chegada da moderna plataforma CMF-B, juntamente com um novo motor 1.0 turbo dão continuidade à nossa estratégia de reforçar nossa presença em segmentos mais altos do mercado, coerente com o plano estratégico Renaulution”, explica Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.
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