Em julho de 2021, a Lamborghini deu adeus ao Aventador com a versão Ultimae, o último a ter um motor V12 aspirado sem qualquer eletrificação. O supercarro parou a produção após montar as 600 unidades finais, mas a marca agora considera reabrir a produção, pois as últimas unidades podem ter sido destruídos no incêndio de um navio há alguns dias.
O cargueiro levava quase 4.000 carros do Grupo Volkswagen, incluindo carros de luxo da Lamborghini, Bentley e Audi. Apesar da maior parte dos veículos envolvidos fosse o SUV Urus, também havia algumas unidades do Aventador e do Huracan. Os esportivos com motor V12 e V10 estavam a caminho dos clientes, que já tiveram que esperar cerca de 12 meses para recebê-los.
Em uma entrevista ao Automotive News Europe, Andrea Baldi, CEO da Lamborghini America, admitiu que existe uma chance que a produção do Aventador seja reiniciada. O executivo diz que, caso alguns dos carros tenham sido danificados ou totalmente destruídos, a fabricante terá que contactar os fornecedores e ver se podem ser arrumados.
Baldi ainda falou que, se precisar reconstruir o carro, as entregas do Aventador podem atrasar mais seis meses, no mínimo. Segundo o CEO, os futuros donos serão notificados sobre o estado de seus carros assim que a Lamborghini tiver "uma visão definitiva" do estrago feito pelo incêndio: "E como vocês sabem, ainda temos esperança, mas estamos preparados para o pior."
Deve ser um problema menos complicado para quem comprou o Huracan ou o Urus, pois ambos ainda estão sendo produzidos normalmente. O Aventador já havia encerrado a fabricação para abrir espaço para seu sucessor, que roda em testes e deve ser apresentado ainda este ano. Ainda é cedo para dizer se o novo V12 pode atrasar por conta da volta da produção do Aventador, já que ainda nem foi confirmada, mas esperamos que não seja o caso.
Não seria a primeira vez que o Grupo Volkswagen voltaria a produzir um carro por causa de um acidente deste tipo. Por coincidência, o cargueiro italiano Grande America pegou fogo em março de 2019, destruindo quatro unidades do 911 GT2 RS. A Porsche não teve escolha e teve que reiniciar a produção para atender os pedidos feitos em diversos países, inclusive no Brasil.
Fonte: Automotive News Europe
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