A partir de 1º de janeiro de 2022, entraram em vigor novas normas de emissões e consumo para veículos produzidos no Brasil, o chamado Proconve L7. Já vimos o resultado disso, por exemplo, na mudança de calibração de motores da Stellantis, no fim dos motores 1.6 8 válvulas da Volkswagen e de outros. Mas eles têm data até para serem vendidos se estiverem em estoques.
Em 31 de dezembro de 2021, as montadoras declararam todas as unidades que estavam em seus pátios que ainda atendiam o Proconve L6 ao governo. Isso pois, com o problema de fornecimento de componentes e peças, elas tinham carros incompletos nos pátios, aguardando os itens necessários para terminar a montagem. E não eram poucas unidades nesta situação, o que causaria um prejuízo alto caso não pudessem ser vendidos por um período considerável.
As fabricantes podem finalizar esses carros que estão em seus pátios e em estoques, mas não podem produzir mais nenhum fora dessa relação que não atenda o Proconve L7 em 2022. E a venda destes veículos pode acontecer até dia 30 de junho deste ano, data que foi alterada por pedido das empresas, que antes era 31 de março. Nada impede que concessionários os emplaquem e os vendam como seminovos, uma prática comum no mercado em busca de números, ou seja feita uma venda para locadoras em volumes mais altos para "desovar".
É difícil cravar, se você comprar um carro, se ele atende o L6 ou L7. Em algumas marcas, como a VW, basta que ele seja um 2021/2022, por exemplo, mesma coisa na Fiat. Mas vale lembrar que lançamentos recentes já se enquadram nas novas regras, como o Fiat Pulse. Já em modelos que perderam versões ou foram tirados de linha, obviamente, é mais simples o processo - como acontece com o Argo 1.8 ou o Grand Siena. Ao mesmo tempo, modelos devem sobreviver até a data limite, caso estejam nas lojas apenas em estoques ou parados em fábricas esperando componentes.
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