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Renault Sandero R.S. sairá de linha por novas regras de emissões

Marca até estudou colocar o 1.3 turbo de 170 cv do Captur, mas descartou a ideia

Comparativo Fiat Argo HGT x Renault Sandero RS

Criado especialmente para o Brasil, o Renault Sandero RS já prepara o seu adeus ao mercado brasileiro. Fontes ligadas à marca confirmaram o fim do hatch esportivo feito em São José dos Pinhais (PR) por causa das novas normas de emissões do Proconve L7. Embora até tenha existido um esforço interno para manter o compacto em linha com outro motor, a fabricante acabou optando pelo fim de um dos poucos esportivos do mercado brasileiro.

A informação de que a marca já teria produzido o último lote do esportivo circulava há um tempo, publicado primeiro pela revista Quatro Rodas em setembro. Na época, a publicação disse que este lote final do Renault Sandero R.S. era formado por 130 unidades, sendo que 100 eram para o Brasil e 30 para exportação - segundo a Renault, o R.S. respondia a cerca de 200 unidades/mês no auge.

Galeria: Renault Sandero R.S. 2020

O motivo é o mesmo que está fazendo outras fabricantes tirarem alguns carros de linha: os novos limites de emissões de poluentes do Proconve L7, válidos a partir de 1º de janeiro de 2022. O motor 2.0 aspirado de 150 cv não cumpre os requisitos e ajustá-lo ficaria muito caro, principalmente porque o hatch é o único a ainda utilizar este motor  - a renovação do Captur fez com que trocasse pelo 1.3 turbo.

Falando nele, é claro que o 1.3 turbo de 170 cv e 27,5 kgfm criado em parceria com a Mercedes-Benz seria uma boa pedida para um hatch com esta proposta. A própria Renault sabe disso, tanto que até fez um estudo sobre esta possibilidade, porém a ideia foi descartada. Neste momento, o motor vem importado da Europa, elevando os preços do carro, que já tem um público bem restrito. A única possibilidade seria aguardar pelo 1.3 turbo nacional, que só começará a ser produzido em 2022, o que já levaria a um período sem montar o hatch.

Renault Sandero R.S. 2020
Sandero RS e Civic Si

Só que aí parece outro problema: a Renault desistiu da ideia de fazer uma nova geração do Sandero e também do Logan, apostando em SUVs. Então o Sandero R.S. já teria um prazo de validade mesmo que ignorasse a falta de uma nova geração, pois já começa a mostrar a idade. E assim encerra a história de um dos poucos carros esportivos com uma proposta de ser mais acessível para os brasileiros.

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