Nova Ford Ranger 2023 é revelada com jeitão de F-150 e tela gigante
Nova Ranger será produzida na Argentina e vendida no Brasil em 2023 da mesma forma como está sendo mostrada
Esta é a nova Ford Ranger 2023 que será vendida no Brasil. A nova geração da picape média pega carona no sucesso da F-150 para compor seu novo visual e também no acabamento interno. Para a montadora, é a Ranger mais inteligente, capaz e versátil que já existiu e será vendida em 180 países. Apesar de chegar ao Brasil apenas em 2023, a picape já faz sua estreia de forma oficial, revelando seu design, tecnologias e motores.
Apenas em 2023? Sim, é isso mesmo. A fabricante já anunciou um investimento bilionário na fábrica em Santa Isabel (Argentina), onde a nova Ford Ranger será montada para toda a América Latina, mas a produção só começará daqui a dois anos. Até lá, tudo indica que a empresa deve até apostar em uma nova versão do modelo atual como uma despedida, já vista em testes na Argentina.
Falar que a enorme F-150 é o veículo mais importante da Ford não é um exagero, pois também é o veículo mais vendido dos Estados Unidos há anos. Então faz todo sentido que seja a inspiração para toda a linha de caminhonetes da Ford. Isto havia sido indicado em fotos vazadas da picape e, pouco depois, pelas linhas da Maverick, menor e mais barata do que a Ranger e que virá ao Brasil no 1º trimestre do ano que vem.
Basta olhar para a frente da nova Ranger para ver a semelhança com a F-150 e a Maverick. Para começar, usa o mesmo estilo para a parte frontal, com os faróis em forma de “C” e uma luz diurna em LED no entorno. O vão criado pelo formato das luzes é invadido por uma barra horizontal, dividida na parte central. Outro detalhe que chama a atenção é o “X” logo abaixo da grade e que vai até o para-choque, que até lembra a solução do Taos, pintado de preto brilhante para dar uma disfarçada, nesta versão Wildtrak. Nas demais versões, o para-choque tem formato diferente e com pintura tradicional.
Enquanto a frente traz mudanças o suficiente para que seja outra picape, a traseira foi um pouco mais discreta. Aqui, a inspiração veio da Maverick, usando uma tampa da caçamba que conta com uma depressão na parte de baixo, delimitada por um vinco forte e que traz o nome da picape em relevo. A parte superior da tampa também foi modificada, com a borda mais proeminente. Por fim, as lanternas usam uma assinatura em LED em forma de “E”.
Por dentro também tudo é novo. Esqueça o interior da Ranger atual. Usando linhas mais retas e minimalistas, a picape destaca toda a sua parte tecnológica. Primeiro ponto que chama a atenção é a gigantesca tela de 12” na vertical para a central multimídia, usando o sistema SYNC4 do Mustang Mach-E, capaz de usar comandos por voz e sempre conectada à internet. É compatível com o FordPass, permitindo usar um aplicativo no smartphone para ligar o veículo ou travar as portas. As versões mais baratas reduzem o tamanho do display para 10,1”, mas que também ficará na vertical.
Logo ao lado está o painel de instrumentos digital, que não teve o seu tamanho revelado. A Ford diz que é totalmente personalizável e que responde de acordo com a escolha dos modos de condução, mostrando informações da picape, do percurso off-road e instruções do navegador por GPS. O volante é o mesmo da Maverick, concentrando os botões de controle da multimídia e do controle de cruzeiro.
São poucos botões físicos pela cabine, pois a maior parte dos ajustes será feito na tela digital. Há alguns abaixo da multimídia, para controle do ar-condicionado e ainda assim a Ford foi bem frugal, colocando apenas três comandos giratórios para a temperatura de cada uma das duas zonas e um no meio para o volume do rádio. Tirando isso, há botões para aumentar a diminuir a velocidade do ventilador, ligar o desembaçador, ativar o modo automático e para o pisca-alerta. Pouco mais abaixo está um carregador sem fio para celulares e duas portas USB, uma normal e uma USB-C.
O console central traz uma alavanca bem pequena, incomum para uma picape, e que conta com botões para trocas manuais de marcha na lateral, acompanhada pelo freio de estacionamento eletrônico. O seletor do modo de condução será por um botão próximo do apoio de braço, onde estão também os controles do start-stop, assistente de estacionamento e de descida. Contará também com câmera 360°.
Neste primeiro momento, a Ford evitou falar qualquer detalhe mais específico da Ranger como medidas ou números de desempenho. Revelou apenas que a nova geração manterá os motores 2.0 diesel, nas versões com um ou dois turbos. No lugar do 3.2 de cinco cilindros aparecerá o inédito 3.0 V6 turbo vindo da F-150. A única opção a gasolina confirmada é a 2.3 EcoBoost turbo de quatro cilindros. Dependendo do propulsor escolhido, pode trabalhar com uma transmissão manual ou automática de 6 marchas, ou uma caixa automática de 10 posições atualizada.
Uma novidade está no sistema de tração 4x4. Seguirá com as opções 4x2, 4x4 com tração dividida 50/50 entre os dois eixos e 4x4 com marcha reduzida. Terá um quarto modo de tração 4x4 integral sob demanda, distribuindo a força para as rodas traseiras de acordo com a necessidade, feito para que o motorista coloque neste modo e nem volte a mexer sem que tenha uma necessidade específica.
Apesar da apresentação acontecer agora, a nova Ford Ranger só começará a ser vendida nos mercados globais a partir de 2022, pois a produção na África do Sul e na Tailândia será iniciada no começo do ano que vem. No caso do Brasil, a espera será ainda mais longa. A fabricante já anunciou um aporte de US$ 580 milhões na Argentina para atualizar o complexo em Santa Isabel, começando a produção da picape média em 2023.
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