Em entrevista concedida recentemente ao Financial Times, o diretor financeiro da BMW, Nicolas Peter, anunciou mudanças importantes na estrutura produtiva da empresa. De acordo com o executivo, a empresa reduzirá as possibilidades de personalização de seus modelos em um futuro próximo e buscará tornar o processo produtivo o mais eficiente possível.

Segundo Peter, certas combinações de cores, revestimentos e acessórios escolhidas por uma parcela muito pequena de clientes representam custo de produção significativo e, por isso, serão descontinuadas. É um “preço” que a BMW, neste momento, não pode pagar dada a necessidade de manter suas fábricas em eficiência máxima.

BMW Série 1 2020 - Fábrica de Leipzig
Novos BMW Série 4 e Série 5 2021 - Fábrica
Novos BMW Série 4 e Série 5 2021 - Fábrica

Ainda de acordo com as palavras do executivo, pequenas personalizações terão baixo impacto nas vendas e não há preocupação quanto à fuga eventual de consumidores. "Poderíamos potencialmente reduzir pela metade as possibilidades de personalização de um modelo sem perder um único cliente. Precisamos ser mais eficientes e economizar recursos", explicou.

O programa BMW Individual, por exemplo, será um dos mais afetados, já que inclui uma gama bastante variada de cores, revestimentos, bancos e acessórios extras.

A medida ajudará a empresa a enxugar custos e preservar as margens de lucro diante dos crescentes gastos com eletrificação. Na atual fase de pesquisa, desenvolvimento e engenharia, os EVs ainda demandam muitos investimentos. Também para diluir os custos, a marca planeja aumentar consideravelmente as vendas de elétricos. 

Em 2021, a empresa deve fechar o balanço com pelo menos 100 mil EVs vendidos no mundo. Para 2022, se a crise dos chips permitir, a expectativa é dobrar os números. Atualmente, a linha de elétricos da marca é composta pelos modelos i3, i4, i4 M50, iX3 e iX. A empresa, inclusive, diz estar pronta para banir motores a gasolina e diesel a partir de 2030.

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