Carro mais vendido do Brasil, o Hyundai HB20 sempre esteve presente no topo de cima da tabela de carros mais emplacados em nosso mercado. E com o hatch estreamos uma nova análise dos modelos mais vendidos do país aqui no Motor1.com, comparado a versão de entrada com a configuração topo de linha. Hoje começamos com o HB20 Sense, vendido atualmente por R$ 64.190, contra o HB20 Platinum Plus tabelado a R$ 94.390.
Antes de falar das duas versões do HB20, vale lembrar que no finalzinho de agosto a linha 2022 perdeu o motor 1.6 flex aspirado de 130 cv a 6.000 rpm e 16,5 kgfm de torque a 4.500 rpm. Com isso, o hatch passou a ser vendido exclusivamente com os motores Kappa 1.0 flex aspirado e Kappa TGDI 1.0 turbo. Outra novidade anunciada na época também foi a combinação do motor turbinado com câmbio manual, configuração que não existia desde o lançamento no final de 2019 desta geração. Sem mais delongas, bora para as diferenças entre o HB20 Sense e HB20 Platinum Plus.
Como era de se esperar, as duas versões do HB20 têm razoáveis mudanças de estilo entre as configurações de entrada e topo de linha. Como manda a cartilha de um modelo mais popular, o HB20 Sense tem aparência mais despojada à exemplo das rodas de ferro de 14 polegadas com calotas e pneus 175/70, maçanetas e capas dos retrovisores sem pintura com plástico preto aparente e antena padrão na parte de trás do teto. Os faróis têm acabamento com máscara negra, mas a iluminação é halógena.
Pulando para o HB20 Platinum Plus, já dá para notar detalhes de acabamento que mostram que ali se trata de uma versão topo de linha. A grade dianteira tem desenho diferente, apesar de também ser preto brilhante, enquanto as rodas são de liga-leve de 15 polegadas com acabamento diamantado e calçadas com pneus 185/60, e os faróis ostentam projetores e assinatura em LED. Em relação à versão básica, o HB20 “completão” traz ainda maçanetas cromadas, retrovisores na cor da carroceria, acabamento preto fosco nas molduras das portas e lanternas mais escurecidas.
Quando vamos para a cabine, o HB20 Sense e HB20 Platinum Plus compartilham praticamente os mesmos materiais de acabamento, mas é nos detalhes que ambos se diferem, fora a tonalidade usada na cabine. Ambos contam com bastante plástico no interior que, como dissemos no último teste do HB20, traz bons arremates.
Apesar de ser mais básico que a versão topo de linha, a cabine do HB20 Sense é bem acabada e traz todos os plásticos em preto, exceto um friso prateado, que atravessa todo o painel, cor também aplicada no aro inferior do volante e no console central - na região da alavanca de câmbio. Os bancos são de tecido com costuras brancas contrastantes, enquanto na região do painel o rádio com um pequeno display digital azul fica destacado. Apesar de bem mais simples que o multimídia, o rádio consegue manter um design bacana – sem parecer de uma versão “pé de boi”.
Subindo para o HB20 Platinum Plus, os plásticos da cabine trocam a cor preta do hatch de entrada pela cor marrom, com o friso também mudando de cor: sai a cor prata e entra uma peça pintada de azul. Por dentro há ainda volante revestido de couro, acabamentos em preto brilhante nas molduras das saídas de ar e no aro inferior do volante, enquanto o painel totalmente analógico do HB20 Sense sai de cena para dar um visor digital monocromático no lado direito no HB20 Platinum Plus.
Repare que na porção central do painel há uma central multimídia com tela flutuante de 8 polegadas, obviamente bem maior que o display do HB20 de entrada. Por ali mudam também os comandos de ar-condicionado, que é digital no Platinum Plus (que não mostra a temperatura em números, mas por meio de gráficos de barras) e ainda soma mais botões do sistema logo abaixo. Já os bancos têm revestimento de couro marrom, trazendo ainda descansa braço central – indisponível no HB20 Sense. Nas portas, o descansa braço tem revestimento de couro marrom, mas com costuras azuis.
À esquerda do painel há botões para ligar/desligar o alerta de saída de faixa, controle de estabilidade e de frenagem automática. Por fim, o retrovisor da versão topo tem botões do sistema Bluelink, que permite rastreamento, conectividade com o smartphone, serviços de emergência, entre outros.
Entre os itens de série, o HB20 Sense traz uma lista obviamente bem mais enxuta que a variante Platinum Plus, mas ainda assim entrega equipamentos esperados dentro de sua faixa de preço. O hatch soma rodas aro 14” com calotas, faróis com máscara negra, ar-condicionado, direção elétrica, rádio blueAudio com Bluetooth, vidros elétricos dianteiros, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, travamento automático das portas e do porta-malas a 20 km/h, 4 airbags, controles de estabilidade e tração e assistente de partida em rampa.
Na faixa de preço acima, o HB20 Platinum Plus é o mais equipado na gama do hatch. Assim ele tem os itens da Sense e soma acendimento automático dos faróis, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, rodas de liga-leve de 15 polegadas, chave presencial (apenas com câmbio automático), banco traseiro bipartido e 4 airbags.
O hatch tem também frenagem autônoma de emergência (recurso exclusivo da categoria), alerta de mudança de faixa, bancos de couro, faróis com projetor, faróis de neblina, monitor de pressão dos pneus, alerta sonoro do cinto de segurança, vidros elétricos dianteiros e traseiros, volante regulável em altura e profundidade, piloto automático, partida por botão, iluminação no porta-luvas e porta-malas, retrovisores elétricos, entrada USB para carregamento rápido de celular e aletas de marcha atrás do volante para trocas manuais de marchas.
Chegamos à motorização, quesito onde o HB20 Sense e HB20 Platinum Plus também se diferem bastante, embora o tamanho do motor seja o mesmo com 1,0 litro. O HB20 de entrada conta com motor três cilindros Kappa 1.0 aspirado, que rende 75 cv de potência com gasolina e 80 cv com etanol, sempre a 6.000 rpm. Já o torque é de 9,4 kgfm e 10,2 kgfm, respectivamente, sempre na faixa dos 4.500 rpm. O câmbio é sempre manual com 5 marchas.
O HB20 topo de linha traz também um motor de três cilindros de 1,0 litro, chamado de Kappa TGDI, mas que conta com turbo e injeção direta para entregar 120 cv a 6.000 rpm e 17,5 kgfm de torque, disponíveis desde 1.500 rpm. Vale lembrar que os números são os mesmos com gasolina ou etanol. A transmissão é automática de 6 velocidades.
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