Enquanto celebra os 12,3 milhões de motores produzidos na fábrica de São Carlos ao longo de 25 anos, a Volkswagen não tem boas notícias para a unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo (SP). Isso porque a montadora vai fazer a suspensão temporária de contrato de trabalho (lay-off) para 1,5 mil funcionários, segundo o site Automotive Business, cuja informação foi confirmada com o sindicato dos metalúrgicos da região.
De acordo com o Automotive Business, o sindicato já até avisou os funcionários da fábrica Anchieta que a Volkswagen abrirá lay-off na unidade. E como manda a legislação, a suspensão temporária do contrato de trabalho pode durar de dois a cinco meses. Assim como a Renault no início deste mês, que fez um plano de demissão voluntária (PDV) e também aderiu ao lay-off em sua fábrica no Paraná devido à falta de semicondutores, a Volkswagen suspenderá os contratos de trabalhos devido ao desabastecimento de componentes segundo o sindicato.
Vale lembrar que, junto da Chevrolet, a Volkswagen é uma das montadoras que mais acabou sofrendo com o desabastecimento de componentes, seja por conta da falta de semicondutores ou outros equipamentos. De 2020 até março deste ano, as paralisações nas fábricas decorreram por conta do momento mais delicado da pandemia, mas as suspensões das operações das unidades fabris da VW desde junho foram reflexo da escassez dos semicondutores.
Para se ter dimensão de como a falta de chips eletrônicos atrapalha a montadora, a Volkswagen optou por retirar na linha 2022 do Nivus a central multimídia da versão de base Comfortline. De contrapartida, adicionou o painel de instrumentos digital de oito polegadas em todas as variantes no SUV-cupê. Outros modelos perderam o sistema de entretenimento, como o Polo 1.0 e 1.6 e o Virtus 1.6. Agora tanto o Nivus de entrada como as versões de base e intermediárias do hatch e sedã têm a central Composition Touch como item opcional.
Responsável pela produção de Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, a fábrica de São Bernardo do Campo (SP) vai passar a operar em turno único a partir do mês que vem e adotar o lay-off no mesmo período, conforme apuração do Automotive Business.
Para quem pegou o bonde andando, os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas importantes como as centrais multimídia, segurança e assistência ao motorista não funcionam. A falta dos chips eletrônicos neste ano é reflexo direto das paralisações causadas pela pandemia em 2020. Ou seja, com a produção desses componentes afetada no ano passado, toda a cadeia mundial de suprimentos da indústria automotiva global foi prejudicada.
Vale lembrar que os semicondutores fabricados por fornecedores não só atendem a indústria automotiva, como também o setor de tecnologia como smartphones e computadores, que cresceu devido ao avanço do trabalho remoto (home office). A expectativa é que a normalização no fornecimento dos chips ocorra apenas a partir do 2º trimestre do ano que vem.
Fonte: Automotive Business
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