Antes conhecido como Projeto Cyclone, o plano de produzir as novas gerações de Ford Ranger e Volkswagen Amarok mudou um pouco por conta da desistência da marca alemã. Porém, a Ford seguirá em frente e até anunciou o investimento de US$ 580 milhões no país vizinho para fabricar a picape a partir de 2023. E, além da caminhonete, tudo indica que veremos também o Ford Everest, SUV derivado que enfrentará Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4 no Brasil.
De acordo com o jornal argentino Ámbito, citando documentos obtidos pela consultoria IHS Markit, a Ford quer ocupar a capacidade ociosa da fábrica em General Pacheco com algo além da Ranger. A ideia seria produzir o Ford Everest, SUV derivado que é vendido em outros mercados como Ásia e Austrália, aproveitando que utiliza a mesma arquitetura, peças e até motorização. A empresa estaria prevendo produzir 58.800 unidades por ano da picape e o utilitário adicionaria mais 15 mil unidades.
Não é a primeira vez que aparecem informações sobre o Everest feito na Argentina. Em janeiro de 2020, antes mesmo da Ford confirmar a nova geração da Ranger em parceria com a Volkswagen, o site Argentina Autoblog já falava sobre a produção dos SUVs derivados de Ranger e Amarok no país vizinho. Como a ideia original era produzir tudo junto, o Projeto Cyclone traria quatro modelos de uma vez só para a mesma fábrica.
Só que a Volkswagen desistiu dos planos da nova Amarok na Argentina e a Ford decidiu seguir em frente sozinha, anunciando US$ 580 milhões para a fábrica em terras hermanas. E, com a marca norte-americana apostando somente em SUVs e picapes no Brasil, ter mais um modelo em um segmento em que ela não compete atualmente faria todo sentido.
Poderia ser encaixado acima do Bronco Sport, atualmente vendido por R$ 264.690. Como comparação, o Toyota SW4 parte de R$ 256.090 na versão SRV flex, e R$ 358.990 na variante SRX com motor diesel. Já o Chevrolet Trailblazer é oferecido em versão única por R$ 325.090.
Caso a Ford mantenha a estratégia atual da Ranger, vendida apenas com motores diesel, o novo Everest adotaria o 2.0 biturbo de 213 cv e 50,9 kgfm como opção mais em conta, enquanto as versões mais caras seriam equipadas com o 3.0 V6 turbo de 253 cv e 60,8 kgfm, substituindo o 3.2 de cinco cilindros atual. Em todos os casos, a transmissão seria a automática de 10 marchas.
Enquanto isso, o Everest aparece em testes na Europa e na Ásia. Apesar da camuflagem, é possível notar que os faróis seguirão o estilo das últimas picapes da Ford, como F-150 e Maverick, com um formato em “C” que “abraçam” uma barra horizontal que percorre a grade dianteira. Por compartilhar peças, não deve fugir muito do estilo que será usado pela Ranger, até mesmo no interior, onde deve adotar uma central multimídia vertical como na F-150.
Como a nova Ford Ranger só começará a ser produzida na Argentina em 2023, como a própria fabricante já confirmou, o Everest só chegará às concessionárias na mesma época – isso se realmente for feito no país vizinho. A apresentação da versão global é esperada para o ano que vem, chegando à Austrália e alguns mercados da Ásia como Tailândia.
Siga o Motor1.com Brasil no Facebook
Siga o Motor1.com Brasil no Instagram
RECOMENDADO PARA VOCÊ
Ford apresenta Ranger Cabine Simples com chance de vir ao Brasil
Brasil quer equipar 33% dos eletrificados com baterias nacionais até 2033
CEO da Ford sobre inédita Ranger elétrica: 'será incrível e emocionante'
Semana Motor1.com: Novo Honda City 2025, Ranger cabine simples e mais
Ford lança Ranger Black 2025 com motor 2.0 turbodiesel por R$ 219.990
História: há 20 anos, Logan nasceu na Romênia para ganhar o mundo
Ford Ranger híbrida plug-in será lançada na Alemanha