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Volkswagen irá paralisar produção em Taubaté por 20 dias

Sindicato local revela que funcionários entrarão em férias coletivas por causa da falta de semicondutores e módulos de airbag

Volkswagen - Fábrica de Taubaté (SP)

Não é só a Chevrolet que está sofrendo bastante com a falta de semicondutores na indústria. A Volkswagen prepara uma nova paralisação na fábrica de Taubaté (SP), onde são feitos Gol, Voyage e, em breve, Polo Track. Enquanto a fabricante não confirma a informação, o Sindicato Dos Metalúgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) publicou em seu site que a marca já comunicou que dará férias coletivas por 20 dias a partir de 12 de julho.

A publicação feita pelo Sindmetau dá mais detalhes sobre a paralisação da fábrica em Taubaté, revelando que a Volkswagen está fazendo esta nova interrupção pela falta de semicondutores e também por não ter módules de airbags. É a segunda vez que o complexo para em dois meses, pois a empresa deu férias aos funcionários entre 7 e 16 de junho pelo mesmo motivo.

Galeria: Volkswagen - Fábrica de Taubaté (SP)

O sindicato ainda adianta que essa falta de componentes pode se estender, dizendo que a Volkswagen já estuda a possibilidade de prorrogar as férias coletivas (e a paralisação da fábrica) por mais 10 dias. Tudo irá depender do estoque de semicondutores e módulos de airbags.

Enquanto faltam insumos, a VW aproveita para mexer nas linhas de montagem da fábrica no interior paulista, para que possa produzir carros com a plataforma MQB-A0. Taubaté passará a fazer o inédito Polo Track, que assumirá a posição de novo carro de entrada da empresa, mantendo o visual atual do hatchback – o Polo renovado será lançado no início de 2022, feito em São Bernardo do Campo (SP).

Este problema não será resolvido tão cedo. De acordo com a Anfavea, associação das fabricantes de veículos no Brasil, a escassez dos componentes deve se alongar até os primeiros meses de 2022. Os semicondutores são usados em todos os eletrônicos, então há uma demanda muito grande e as fábricas não estão conseguindo atender todos os pedidos.

Outras fabricantes começam a mostrar os efeitos dessa escassez. A Hyundai reduziu sua operação em Piracicaba (SP) para somente um turno durante 10 dias. A Chevrolet é a mais afetada, com a produção em Gravataí (RS) e São Caetano do Sul (SP) paradas – o complexo no Rio Grande do Sul só retomará sua operação em 16 de agosto.

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