Não faz muito tempo que o CEO da Daimler e da Mercedes-Benz, Ola Källenius, admitiu durante uma entrevista que a empresa pode ter exagerado com a expansão de suas ofertas de carros compactos. "Fomos um pouco longe demais para cobrir espaço em cada segmento", afirmou o CEO à Automotive News Europe em outubro de 2020.
Na época, tal comentário levou diversos sites a especular que a Mercedes-Benz sairia do segmento dos compactos, mas não é totalmente verdade. Nesta semana, Källenius voltou a dar entrevista ao Automotive News Europe, confirmando que a Mercedes se mantém comprometida com os veículos de entrada, pois eles têm sido "fenomenalmente bem-sucedidos em ampliar nossa linha e aumentar a base de clientes da Mercedes". Posteriormente, afirmou que foram um grande sucesso financeiro e desempenharam seu papel em elevar a escala geral da marca.
"Não estamos saindo deste segmento em si, porque existem muitas posições em nosso portfólio de compactos que geram rentabilidade saudável", acrescentou. No entanto, nem todos estes carros sobreviverão, já que a Mercedes se concentrará apenas naqueles que geram uma boa margem de lucro ao "escolher cuidadosamente as posições do portfólio nesse segmento". Além disso, a marca de luxo não vai se sobrepor aos fabricantes de automóveis convencionais ao apresentar um carro básico mais barato, refutando, assim, os rumores de um modelo sub-Classe A.
Surge, então, o questionamento: quais carros ficam e quais vão sair? Como Källenius não entrou em detalhes, tudo é apenas especulação. Embora seja mais interessante um Classe A Sedan e um CLA do que um crossover, a perua CLA Shooting Brake é um produto de nicho. O modelo compacto está em uma categoria própria, pois não possui nenhum rival direto, apesar de o Kia Proceed GT ser o único que chega a ser semelhante.
O GLA e o GLB são provavelmente produtos seguros, ainda mais considerando a atual demanda por SUVs no mercado e o fato de ambos estarem recebendo equivalentes elétricos. A Mercedes também está projetando um Classe A Sedan L com entre-eixos alongado para o mercado chinês, onde é produzido localmente e provavelmente deve seguir em linha por um bom tempo, uma vez que os sedãs ainda são muito procurados no país asiático. Quanto ao Classe B, talvez ainda exista um mercado significativo para minivans, justificando sua existência, ainda mais porque a BMW se comprometeu a lançar a segunda geração da Série 2 Active Tourer.
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Fonte: Automotive News Europe
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