O país conhecido por ser fonte de alta tecnologia para o mundo, também está sofrendo com a falta de semicondutores em decorrência da pandemia. A vítima da vez é a Toyota, que anunciou a paralisação nas fabricações de seus veículos no Japão por conta da escassez do insumo necessário em componentes eletrônicos.

A empresa confirmou que três linhas de produção em duas fábricas do país foram forçadas a paralisar completamente a produção. Uma das linhas é a do C-HR, que terá uma pausa de oito dias a partir de 7 de junho. Já as linhas do Yaris e Yaris Cross sofrerão uma pausa de cinco dias.

Toyota GR Yaris 1.6 Turbo

A outra fábrica Toyota localizada no município de Miyagi, que também produz o Yaris Cross, sofrerá com a interrupção das fabricações a partir da mesma data, mas por apenas três dias. 

Esta paralisação resultará em 20 mil veículos a menos produzidos pelo Japão e marca a primeira vez que a empresa terá que interromper sua fabricação doméstica devido a falta de semicondutores. A Toyota chegou a paralisar sua produção no Brasil em março deste ano, mas como medidas protetivas para contar infecções pelo coronavírus no país.

A crise pela falta de semicondutores vem atingindo diversos fabricantes ao redor do mundo. Nos Estados Unidos, a produção da picape Ford F-150 teve que ser paralisada em março deste ano em Dearborn, no estado do Michigan, por conta da escassez do chip. Aqui no Brasil, a Chevrolet também paralisou as linhas do Onix e Tracker pelo mesmo motivo.

Os semicondutores são parte integrante da central eletrônica dos veículos. Sem eles, sistemas modernos de entretenimento, segurança e assistência ao motorista são incapazes de funcionar. Em decorrência das paralisações geradas pela pandemia em 2020, a produção desses componentes em Taiwan foi afetada, e interrompeu completamente a cadeia de suprimentos da indústria automotiva global.

Um estudo realizado pela consultoria Auto Forecast Solution (AFS) mostrou que, nos Estados Unidos, pelo menos um milhão de veículos já deixaram de ser fabricados em 2021, enquanto na América do Sul a projeção mostrou uma redução de pelo menos 80 mil unidades para o ano todo.

A falta dos semicondutores não era um agravante que os fabricantes pensavam que duraria muito tempo. Recentemente, o CEO da Intel, Pat Gelsinger, admitiu que o problema não deve ser resolvido completamente por mais alguns anos.

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