Principal órgão avaliador da segurança veicular na Europa, o EuroNCAP acaba de promover na região uma nova bateria de testes de colisão. Entre os modelos avaliados, destaque para a nova geração do Sandero Stepway, que decepcionou ao alcançar a pontuação de apenas 2 estrelas (total de 5). Até então, a expectativa da Dacia (marca do grupo Renault que comercializa o modelo no mercado europeu) era obter pelo menos 3 estrelas.
O resultado intriga levando em conta se tratar de uma projeto novo, recém-lançado e desenvolvido sobre uma plataforma segura (CMF-B). A explicação está no fato de o protocolo de homologação das provas ter se tornado significativamente mais rígido. Na prática, o Sandero paga o preço por ser um modelo barato, de proposta comercialmente acessível e não dispor de todos os recursos assistência à condução.
O modelo até oferece sistema de frenagem automática de emergência, mas com funcionamento limitado. Como resultado, não há reconhecimento de pedestres e ciclistas - ausência passível de punição de acordo com as novas regras do EuroNCAP.
No quesito impacto, o resultado - embora bem baixo na comparação com modelos significativamente mais caros - foi mediano. Na proteção para adultos, o Sandero 2022 atingiu 70%. Recebeu críticas quanto à proteção do tronco do ocupante em caso de colisão frontal e à proteção da cabeça do motorista em caso de colisão lateral.
Na proteção infantil, conseguiu pontuação de 72% - resultado que só não foi melhor pela falta de engate Isofix na frente e pela proteção mediana para crianças mais velhas em caso de colisão frontal.
Novo Sandero 2022 no Brasil
Apesar de aguardado com bastante expectativa, o lançamento do Sandero 2022 ainda não está confirmado no Brasil. Em anúncio recente, o CEO global Luca De Meo até anunciou investimentos da ordem de R$ 1,1 bilhão para o mercado nacional, mas não para a chegada do hatchback ou de seu irmão sedã Logan. O montante será aplicado no projeto do SUV Bigster, que ficará posicionado acima do Captur para concorrer principalmente com o Jeep Compass.
Apesar da prioridade dada ao utilitário, a chegada da dupla de compactos não está descartada. Especulações apontam que ambos poderão ganhar refinamento, adotar design próprio em relação aos Dacia e até mudar de nome para subir de patamar no mercado. A nova estratégia da Renault será dar prioridade a produtos com maior valor agregado e, consequentemente, com maiores margens de lucro.
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