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Honda paralisa produção por uma semana e deixará de fabricar 30 mil carros

Suspensão das atividades atinge fábricas nos EUA e no Canadá

Honda North American Production

Problema enfrentado por montadoras mundo afora, a escassez de componentes para produção acaba de atingir em cheio fábricas da Honda na América do Norte. Conforme revela reportagem recente da agência de notícias Reuters, a falta de chips e semicondutores obrigará a montadora a suspender atividades em plantas dos Estados Unidos e do Canadá por pelo menos uma semana.

O impacto da paralisação não foi especificado pela empresa. No entanto, consultores estimam que, dependo da gravidade da situação, cerca de 30 mil veículos podem deixar de ser produzidos. Além da falta de insumos, a interrupção das operações decorre de outros fatores, como impacto contínuo da pandemia de coronavírus, congestionamento em vários portos marítimos e inverno rigoroso na região.

Galeria: Honda Civic Hatchback 2020

A Honda tem forte presença produtiva na América do Norte, concentrando na região a fabricação de automóveis, utilitários esportivos e uma picape (a Ridgeline), além de motores e diversos outros componentes. A suspensão afeta diretamente a produção dos sedãs Accord e Civic, junto outros modelos importantes. Já as instalações da empresa no México não serão afetadas. Lá, o SUV compacto HR-V é produzido para abastecimento de toda a região.

Além da Honda, outras grandes montadoras globais estão enfrentando o mesmo problema. Na General Motors a situação ficou tão crítica que, para não cessar completamente a produção de picapes, a empresa está montando unidades da Chevrolet Silverado e GMC Sierra sem o sistema de gerenciamento de combustível ativo. O dispositivo depende de um chip em falta no mercado e, sem ele, as camionetes perdem eficiência energética.

Fábrica da Fiat em Betim - Produção do Uno

Em todo o mundo, a paralisação na cadeia já interrompeu a produção de pelo menos 933 mil veículos, segundo um monitoramento realizado pela consultoria Auto Forecast Solution (AFS), dos Estados Unidos. Na América do Sul, onde o Brasil concentra 80% da produção, a consultoria projeta perda de 80 mil veículos para o ano todo. Por aqui, as fábricas da Chevrolet em Gravataí (RS) e da Fiat em Betim (MG) já estão sendo afetadas.

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