Muito em função do sucesso das picapes Strada e Toro, que se tornaram seus produtos principais, a Fiat largou na frente nas vendas de 2021 e vai se movimentar para manter a posição alcançada. Para isso, a marca prepara o lançamento do seu primeiro SUV nacional, derivado do Argo, e uma mexida na Toro que vai mudar visual, cabine e mecânica. Também será o ano de estreia dos novos motores turbo 1.0 e 1.3 e da transmissão automática CVT. Confira:
Depois do Renegade e do Compass pela Jeep, a FCA enfim vai lançar um SUV pela Fiat. E ele será mais um crossover do Argo do que qualquer coisa mais próxima do Renegade, justamente para não entrar na seara do irmão de grupo. Chamado internamente de Projeto 363 B-SUV, ele estará para o Argo assim como o Nivus está para o Polo. Ou seja, vai aproveitar boa parte da estrutura do hatch, porém com uma dianteira mais robusta e alta, além de altura do solo elevada e teto curvo, para se destacar no estilo.
A projeção que apresentamos aqui foi baseada numa maquete do centro de design da Fiat, mas o que vimos até agora do carro em testes (ainda bastante camuflado) sugere um modelo mais próximo do Argo, inclusive com pouca diferença nas dimensões. Deve também aproveitar muita coisa do hatch na cabine, embora seja esperado que tenha um pouco mais de espaço e porta-malas.
Grande novidade estará no conjunto mecânico, pois o crossover fará a estreia do novo motor 1.0 Firefly turboflex, com 3 cilindros e 12 válvulas (4 por cilindro, em vez das 2 da versão aspirada), que deve gerar cerca de 120 cv e 19,3 kgfm de torque, sempre ligado a um câmbio automático do tipo CVT.
O lançamento está previsto para o último quadrimestre do ano, com estreia primeiro no Brasil e depois na Argentina.
Se o crossover vai estrear o motor 1.0 turbo da FCA, a Toro 2022 terá a primazia do motor 1.3 turboflex, com estimados 180 cv e 28 kgfm de torque, no lugar do antigo 2.4 aspirado. Fora isso, terá mudanças no visual principalmente na dianteira, com novos faróis (full-LED na versão top), grade e para-choque, além do novo logotipo da Fiat.
É por dentro, porém, que a nova Toro deve dar seu maior salto. Flagras recentes mostraram que a versão mais cara (Ultra, aquela com a caçamba fechada) terá uma multimídia com tela vertical ao melhor estilo RAM, além do quadro de instrumentos digital e configurável (hoje apenas a parte central do cluster é digital). As versões mais em conta terão multimídia tradicional e painel analógico, bem como vão manter o motor 1.8 flex nos modelos de entrada, com câmbio manual de 5 marchas ou automático de 6 relações.
As versões 4x4 seguirão com o motor 2.0 turbodiesel Multijet e o câmbio automático de 9 marchas. Mas especula-se que pode haver mudanças no propulsor para ter um pouco mais de potência e torque (hoje são 170 cv e 35,7 kgfm), além de redução de emissões.
Será a primeira das novas atrações da Fiat à chegar às lojas, sendo lançada ainda no final deste primeiro semestre.
Lançado no fim de 2020, a nova geração do Fiat 500 agora é 100% elétrica e já foi flagrada em testes no Brasil, onde o lançamento está previsto para meados do ano. A versão que roda por aqui é a de entrada Action, que está equipada com uma bateria de 23,8 kWh para até 180 km de autonomia pelo ciclo WLTP. Este modelo possui um motor elétrico de 70 kW (95 cv), que permite acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos.
Mesmo no modelo mais simples, o novo 500e já vem com painel digital, freio de estacionamento eletrônico, frenagem de emergência com reconhecimento de pedestres, alerta de saída de faixa e outros itens de assistência à condução. O preço, porém, ficará acima dos R$ 200 mil.
A Fiat prepara para 2021 uma correção de rota na sua linha compacta ao lançar um câmbio automático do tipo CVT (fornecido pela japonesa Aisin) ligado ao motor 1.3 Firefly aspirado, de 109 cv. Até então, quem quisesse um Argo ou Cronos automático era obrigado a levar o antigo motor 1.8 E-torq com a caixa de 6 marchas. Com o CVT no 1.3, a Fiat terá uma opção de transmissão automática em versões mais acessíveis destes carros e ainda com um motor (e o próprio câmbio) bem mais eficiente em termos de consumo.
A Strada deverá ser a primeira da turma a ter essa caixa, no segundo semestre, tendendo a uma reivindicação dos clientes desde a geração passada (que ensaiou algo do tipo com o automatizado Dualogic).
Para Argo e Cronos, também é esperado o uso do motor 1.0 turboflex que vai estrear no 363 B-SUV, mas é possível que por conta da pandemia esse lançamento tenha ficado para 2022. A Strada também deverá receber esse propulsor, mas no momento não é prioridade.
Fotos e projeções: Arquivo Motor1.com e Divulgação
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