Até o momento confirmada somente para o mercado argentino, a picape média Renault Alaskan ganhou uma data para o início de sua produção na unidade de Santa Isabel (Argentina). A fabricante anuncia que irá montar a prima da Nissan Frontier a partir de 21 de outubro, mesmo dia em que o complexo irá comemorar 65 anos. Até o momento, a marca desconversa sobre o lançamento da Alaskan no Brasil, sem confirmar ou descartar sua chegada.
O lançamento industrial será o momento em que a Renault Alaskan passará a ser feita em série, ao invés das unidades usadas para ajustes e calibração da linha de montagem. E isso já indica que o lançamento acontecerá ainda neste ano, desembarcando poucas semanas depois nas concessionárias – principalmente porque o lançamento deste ano será apenas para a Argentina.
A Alaskan irá compartilhar a linha de produção com a Nissan Frontier, já que é baseada na picape japonesa, usando a mesma plataforma, motorização e praticamente todos os componentes. Tirando o design dianteiro, as alterações são muito pontuais, como rodas diferentes, logo no volante e no santantônio, e outros detalhes.
Será lançada com o motor 2.3 turbodiesel, que também equipa a Frontier, sempre com cabine dupla. Nos bastidores é dito que terá exatamente a mesma oferta que a Frontier, com uma versão monoturbo de 160 cv e as demais biturbo de 190 cv, enquanto as opções de transmissão serão a manual de 6 marchas e automática de 7 posições. A tração pode ser traseira na versão de entrada e 4x4 com reduzida nas demais.
Apesar da Alaskan ter saído de linha na Europa, a Renault decidiu lançar a picape na Argentina em uma aposta para aproveitar a força do segmento na América Latina e principalmente no país hermano. Com uma quantidade muito maior de concessionárias na Argentina do que a Nissan, a Alaskan tem mais potencial de vendas do que a versão japonesa, que emplacou 2.756 unidades em 2019. E a Toyota Hilux mostra o potencial do segmento, com 25.128 unidades vendidas em 2019 e, muitas vezes, é um dos modelos mais emplacados do país.
Outro motivo é aumentar a produção de Santa Isabel. O complexo deveria produzir Frontier, Alaskan e a Mercedes-Benz Classe X, outra picape que usa a mesma plataforma, componentes e boa parte da motorização. No entanto, a fabricante alemã desistiu do veículo após um desempenho ruim no mercado global e desentendimentos com a Aliança Renault-Nissan. A fim da Classe X obrigou uma revisão nos planos para o complexo e adicionar a Alaskan ajuda a manter o complexo funcionando em um nível aceitável.
Oficialmente, a Renault Argentina diz que a produção no país irá atender outros mercados da América Latina que se interessarem pela Alaskan, sem dizer se já existe alguma preparação para exportar a picape em breve. No Brasil, a fabricante não confirma e nem nega a chegada da Alaskan. Em 2018, durante o Salão do Automóvel de São Paulo, a marca até mostrou uma unidade da picape média, sem compromisso, dizendo que era apenas para avaliar a aceitação do público. E já vimos uma unidade no Brasil. Se ela vier, isso acontecerá somente em 2021.
Fonte: Argentina Autoblog
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