Com mais de 30 milhões de unidades vendidas no mundo, o Volkswagen Passat é de longe o veículo mais popular da história em sua categoria. Atualmente, é produzido em três continentes (América, Europa e Ásia) e, por meio de linhas de montagem instaladas em cerca de 10 fábricas, abastece mais de 100 diferentes países mundo afora.
O batismo "Passat" é único para todas as regiões, mas em mercados específicos o sedã tem particularidades consideráveis. Na Europa, por exemplo, é baseado na arquitetura MQB, mais sofisticada e tecnológica. Enquanto isso, o equivalente vendido no mercado norte-americano ainda usa a velha base PQ46, de mais de 15 anos. Esse tipo de disparidade promete ser corrigido na próxima geração, que está programada para estrear em 2023.
De acordo com reportagem da revista britânica Autocar, a nova linhagem já está em fase avançada de desenvolvimento e será a mesma em todo o mundo. Dessa forma, as variantes europeia e americana serão unificadas e construídas sobre uma versão evoluída da plataforma MQB. Chamada internamente de B9, a nova geração será maior, mais espaçosa e mais sofisticada, porém, não terá grandes rupturas em termos de design.
A ideia é manter a pegada conservadora do carro atual, deixando o apelo emocional e esportivo para o Arteon. A gama seguirá sendo composta pelas carrocerias sedã e perua (Variant), sendo esta última oferecida também em versão aventureira Alltrak.
Curiosamente, chama atenção o fato de que a produção não ficará mais sob responsabilidade da Volkswagen. Isso porque, com a conversão da fábrica de Emden, na Alemanha, para produção de veículos elétricos, o Passat terá suas linhas de montagem transferidas para a fábrica de Kvasiny, na República Tcheca, onde será produzido pela Skoda ao lado do primo Superb.
Outra informação levantada pela publicação diz respeito às dúvidas da VW quanto ao projeto. Durante aproximadamente um ano, ficou sendo analisada internamente a ideia de descontinuar completamente o Passat, principalmente em razão do encolhimento do segmento e do avanço dos SUVs. Por fim, os chefões decidiram por manter o modelo vivo e, segundo informações de bastidores, a divisão chinesa da marca foi a grande responsável por influenciar a matriz.
No Brasil, o modelo era vendido em versão única até pouco tempo, mas teve sua importação descontinuada. E não há previsão de retorno a curto prazo.
Fotos: divulgação
Fonte: Autocar
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