Dodge Journey sairá de linha neste ano, mas a marca promete novidades no Brasil
Único modelo da Dodge oferecido no país, SUV terá produção encerrada junto com a minivan Grand Caravan
Das quatro marcas da Fiat-Chrysler que temos no Brasil, a Dodge é a que a maioria das pessoas nem lembra que ainda existe. Isso porque ela vende apenas um carro por aqui, na forma do Dodge Journey, modelo que chegou ao Brasil em 2008. Só que a FCA anunciou nesta semana que irá encerrar a produção do SUV neste ano, assim como da minivan Grand Caravan. E agora, como fica situação da Dodge no país?
O fim do Dodge Journey era questão de tempo. A renovação da linha da Jeep, aliada a uma concorrência cada vez mais forte, fez com que as vendas do crossover caíssem até mesmo nos Estados Unidos. Apesar de não vender como antes, o Jouney e a Caravan representaram 38% das vendas da Dodge neste ano. Seu fim virá no final do último trimestre, enquanto a Caravan já parou de ser produzida.
Galeria: Dodge Journey 2016
Sem os dois modelos, a Dodge terá uma linha reduzida a apenas três carros nos Estados Unidos: Charger, Challenger e Durango, todos eles apostando em uma estratégia de oferecer versões esportivas com o motor Hellcat V8 de 707 cv. E isso faz com que ela entre na lista de marcas da Fiat-Chrysler com menos de quatro carros, junto com Alfa Romeo, Chrysler e Lancia.
Rumores diziam que o Journey poderia ganhar uma nova geração, com previsão de lançamento para 2022. O modelo adotaria a plataforma do Alfa Romeo Stelvio e um novo posicionamento, como um carro mais esportivo e com design próximo do Charger. Iria até perder a capacidade para 7 pessoas. O fim do modelo atual pode ser um indicativo de que os planos mudaram por conta da pandemia da Covid-19.
No Brasil, a Dodge vende o Journey em versão única R/T, que ainda é modelo 2018. Custa R$ 149.900 e tem motor 3.6 V6 a gasolina de 280 cv e 34,9 kgfm, aliado a uma transmissão automática de 6 marchas. Apesar da idade, vem bem equipado, com seis airbags, central multimídia, ar-condicionado de três zonas e teto solar elétrico, entre outros itens. Por um bom tempo, ele ainda dividiu espaço no mercado com o Fiat Freemont, variante da marca italiana que tinha o mesmo estilo, mas vinha somente com um motor 2.4 de quatro cilindros.
Em nota, a Fiat-Chrysler diz que este não será o fim da Dodge no Brasil, mesmo com a saída do único carro da marca vendido no país: "Como parte do grupo Fiat Chrysler Automóveis (FCA), a Dodge segue vendendo o Journey no Brasil até o final do estoque. Depois disso, os clientes continuarão a ser atendidos normalmente. A marca não terá nenhum prejuízo tanto em relação à manutenção dos veículos no mercado quanto à oferta de peças de reposição. Além disso, a Dodge estuda a vinda de novos produtos".
Ou seja, a Dodge tem alguns caminhos a seguir para continuar por aqui. Ela pode seguir a receita atual de vender apenas um SUV e importar o Durango; pode trazer os esportivos Charger e Challenger para atrair um público entusiasta; ou pode apostar tudo e vender os três carros de uma vez, mesmo que todos eles sejam caros e venham somente por encomenda.
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