O SUV que foi o único carro da Dodge a ser vendido no Brasil nos últimos anos mudou completamente. O novo Dodge Journey 2022 para América Latina nada mais é do que o chinês GAC GS5 de 2018 com logotipos trocados. A prática do rebadge naturalmente já era aguardada, mas havia expectativa de alterações mais evidentes e maior assimilação com a linguagem visual da Dodge. Na realidade, porém, apenas o formato da grade e os emblemas foram modificados.
Para efeito de comparação, até as rodas são as mesmas do equivalente chinês. O mesmo vale para para-choques, faróis, lanternas e demais elementos. No interior, o painel também é o mesmo do GS5, com destaque para painel de instrumentos 100% digital de 12,3 polegadas, central multimídia do tipo tablet com 8" e revestimento em couro. Pequenas mudanças são notadas apenas nos botões do console e no formato da alavanca de câmbio. Ou seja, não tem nada do SUV que ainda encontramos rodando pelo Brasil.
Completam o pacote de equipamentos 4 ou 6 airbags, teto solar panorâmico, ar-condicionado de zona dupla, carregamento sem fio para smartphone, aquecimento e ventilação dos bancos dianteiros, câmeras 360º, piloto automático, sistemas anticolisão frontal, aviso de saída de faixa e monitoramento de pontos cegos.
Ao todo, são 4,7 metros de comprimento, 1,8 metros de largura, 1,7 metros de altura e 2,71 metros de entre-eixos. Sob o capô, o motor 1.5 turbo tem potência de 169 cv e vem sempre associado ao câmbio automático de 6 marchas da Aisin. A tração é apenas dianteira.
A produção já foi iniciada e acontece na fábrica da GAC na China. De lá, o novo Journey será exportado primeiramente para o México e na sequência para outros países latino-americanos. No mercado mexicano estará à venda no final do outubro com preços entre 555.900 a 645.900 pesos (cerca de R$ 145.762 e R$ 169.361 numa conversão simples). No Brasil, não custa lembrar, o portfólio da Dodge está vazio desde que o Journey original foi descontinuado em 2020. A Stellantis até dizia que traria novos modelos para reviver a marca no país, o que não se concretizou até agora.
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