A Volvo construiu sua reputação sobre o princípio da segurança, fazendo de tudo para que seus carros sejam os mais seguros do planeta. Foi assim na última década e a marca continua a investir nisso, tomando até decisões polêmicas como limitar a velocidade de seus carros novos em 180 km/h.

Uma das grandes inovações feitas pela Volvo foi a invenção do cinto de segurança de três pontos, em 1958. Foi algo que mudou o jogo, tanto que todos os carros atualmente usam este dispositivo e a marca sueca estima que este tipo de cinto de segurança tenha salvado mais de um milhão de vidas nas últimas quatro décadas.

Galeria: Volvo S60 2019

É aí que vem a ironia. A marca que criou o cinto de segurança como conhecemos hoje anuncia nesta semana o maior recall de sua história, justamente com o equipamento que fez a reputação da marca: cinto de segurança. Segundo uma reportagem da agência Reuters, a fabricante anunciou que está convocando cerca de 2,2 milhões de veículos em todo o mundo para corrigir um problema no cabo de aço que conecta os cintos dianteiros ao veículo.

O problema não é tão sério assim. Pelo que diz a Reuters, a Volvo teria declarado que "o cabo pode, em algumas raras circunstâncias e comportamentos do usuário, sofrer fadiga com o passar do tempo. Isso pode eventualmente causar dano ao cabo, resultando em uma função reduzida do cinto de segurança."

Não há nenhum relato de acidentes ou ferimentos causados ao problema que levou a este recall, apesar da enorme quantidade de modelos convocados mundialmente. Os modelos afetados, segundo a reportagem do Automotive News, incluem Volvo S60, S60L, S60CC, V60, V60CC, XC60, V70, XC70, S80, and S80L. Todos eles foram fabricados entre 2006 e 2019.

O Automotive News também revela que 412 mil das unidades afetadas estão na Suécia, enquanto cerca de 308 mil foram enviados aos Estados Unidos. Pelo tamanho do recall, é possível que ele afete também o Brasil. Até o momento, a marca ainda não se manifestou a respeito e não há nenhum recall registrado no Procon, o que indica que marca ainda deve estar investigando quantas unidades precisarão ser convocadas por aqui.

Fotos: divulgação

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