Ao longo dos últimos anos, tanto Ford quanto Chevrolet cortaram parte de seus sedãs nos Estados Unidos, para investir em crossovers, SUVs e picapes. Isso fez com que o Cruze saísse de linha no país, junto com Impala, o eletrificado Volt e alguns modelos da Cadillac. Porém, não ache que os sedãs irão desaparecer completamente. Michael Simcoe, chefe de design da GM, participou do podcast da Brembo e disse que o ciclo da indústria fará com que os sedãs voltem a fazer sucesso.
No entanto, Simcoe diz que, no final das contas, as pessoas querem veículos bonitos que "seus vizinhos possam admirar". E isso é verdade. No momento, o estilo dos SUVs é o desejo das pessoas e continua a se espalhar, com as fabricantes lançando cada vez mais crossovers.
Alguns dados sugerem que os donos dos sedãs e hatchbacks não se deixaram levar pela moda dos SUVs. Um estudo diz que 42% dos clientes de Focus e Cruze não trocaram seus veículos por um crossover. Ao invés disso, foram para outra fabricante, comprando carros como Honda Civic e Toyota Corolla, dois dos 10 carros mais vendidos nos EUA.
Enquanto há muita especulação sobre o futuro dos sedãs, a verdade é que eles ainda tem uma participação significante no mercado. Nos EUA, este tipo de carro soma 4,5 milhões de unidades emplacadas. Já no Brasil, os sedãs tem 24,96% de participação, somando os segmentos pequeno compacto, médio e grande, com 461,5 mil unidades emplacadas entre janeiro e outubro. Como comparação, os SUVs emplacaram 482,2 mil veículos e tem 26,08% de participação no mesmo período.
Só que Simcoe está certo. O debate não é tanto sobre sedãs e SUVs, e sim sobre as pessoas quererem veículos com design chamativo. No momento, SUVs e crossovers são os mais procurados. Em cinco ou dez anos, isso pode mudar com uma nova preferência por sedãs e hatchbacks.
Fonte: GM Authority
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