Isuzu D-Max 2020 se distancia da Chevrolet S10 e ganha cara de mau
Picape japonesa muda de geração e abandona plataforma desenvolvida junto com a GM
Até então considerada prima de primeiro grau da Chevrolet S10 brasileira (uma parceria firmada com a General Motors permitia o compartilhamento de plataforma, detalhes do design e interior), a Isuzu D-Max acaba de mudar totalmente de geração na Ásia. Repaginada por completo na comparação com o modelo anterior, a picape agora é sustentada por uma nova arquitetura e aposta no design agressivo como principal chamariz diante da concorrência. De quebra, está também mais tecnológica, mais eficiente do ponto de vista mecânico e mais confortável no acolhimento aos ocupantes (principalmente os dos bancos traseiros). As vendas serão iniciadas ainda neste ano na Tailândia e logo na sequência no restante da Ásia, Austrália, América do Sul, África do Sul e Europa.
Galeria: Isuzu D-Max 2020
Graças à nova arquitetura, a D-Max 2020 ficou ligeiramente maior no comprimento e espaçosa na cabine. Segundo a marca, a distância entre-eixos cresceu 30 mm (totalizando 3.125 mm) e beneficiou diretamente a acomodação das pernas de quem viaja atrás nas carrocerias de cabine dupla. Além disso, a rigidez torcional foi otimizada em 23% e a adoção de novas chapas proporcionaram ampliação da garantia anti-corrosão (mesmo com a capacidade de imersão de 800 mm). É esta base que será compartilhada com a Mazda, que deixou a parceria com a Ford para fazer a próxima BT-50 junto com a Isuzu (que, por sua vez, abandonou uma aliança de longa data com a General Motors).
Por dentro, o painel até então praticamente idêntico ao da S10 pré-reestilização foi completamente reformulado, ganhando traços mais dinâmicos e materiais de melhor qualidade no acabamento. Os bancos agora abraçam melhor os ocupantes, têm espumas mais confortáveis e design mais esportivo. Além disso, há recursos de última geração como central multimídia de 9 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto, quadro de instrumentos com tela TFT de 4,2 polegadas, volante multifuncional e ar-condicionado de duas zonas. No entanto, as versões mais simples e voltadas ao trabalho dispensam itens como bancos em couro e revestimento em preto brilhante.
Sob o capô, há duas opções de motorização, sendo ambas turbodiesel. No primeiro caso, há um propulsor 1.9 que rende 150 cv a 3.500 rpm e 35,6 kgfm de torque já a partir dos1.800 rpm. No segundo, destaque para o 3.0 que desenvolve 190 cv a 3.600 rpm e 45,8 kgfm a partir dos 1.600 giros. O câmbio pode ser manual ou automático, sempre com 6 marchas. A tração é 4x4, com bloqueio diferencial traseiro eletromagnético.
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