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Volvo terá motores da Geely, e vice-versa

Áreas de desenvolvimento serão unidas para criar motores para as duas empresas

Volvo XC60 e V60 Polestar Engineered

Pouco a pouco a Volvo vai estreitando os laços com a sua proprietária Geely. As fabricantes anunciam nesta semana que criarão uma nova empresa responsável por desenvolver motores para as marcas do grupo, incluindo a Lotus e a Lynk & CO, além de fornecer para outras interessadas. Esta nova empresa ajudará a reduzir os custos de desenvolvimento e criará a próxima geração de motorizações híbridas e a combustão.

Galeria: Volvo XC60 T8 Hybrid

Hakan Samuelsson, CEO da Volvo, explica que esta decisão ajudará a acelerar os esforços da fabricante sueca para eletrificar sua linha. A missão da empresa é que modelos eletrificados respondam por metade de suas vendas globais até 2025 - e pretende lançar o XC40 elétrico ainda este ano. “A Volvo tomou outra decisão rumo a eletrificação ao ajustar sua estrutura de negócios”, disse Samuelsson ao Automotive News Europe, “ainda não quantificamos [a economia], mas ela será grande. Estamos, no mínimo, dobrando o volume da Volvo e que já resulta em uma economia de custos significante por si só.”

Esta fusão da área de motores afetará as áreas de pesquisa e desenvolvimento, manufatura e outras. A Volvo diz que não espera ter que demitir ninguém com a mudança, mas que a situação poderia ser diferente caso tivesse esperado mais tempo para fazer esta alteração. Serão transferidos cerca de 3 mil funcionários da Volvo e 5 mil da Geely.

De acordo com Samuelsson, hoje a Geely, a Volvo e a Lynk & CO gastam com áreas próprias de desenvolvimento. A missão é unificar estes times, o que vai liberar recursos para priorizar a eletrificação. O executivo diz que seus engenheiros já corriam o risco de ficar sem recursos. Além de ganhar em volume, também permitirá que os motores sejam vendidos para outras montadoras.

Apesar do anúncio, esta fusão não é imediata. A empresa ainda não tem nome e tanto a Volvo quanto a Geely ainda estão negociando a mudança com os sindicatos. Ainda precisam também da aprovação de seus respectivos governos. 

Fotos: divulgação

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