Responsável por causar uma verdadeira reviravolta dentro da Volkswagen quando foi descoberto, há aproximadamente quatro anos, o escândalo do Dieselgate gera implicações preocupantes para a empresa até os dias de hoje. Prova disso vem de matéria publicada pela agência de notícias Reuters, que adianta detalhes sobre as movimentações da justiça da Alemanha em torno do caso.

Segundo a publicação, promotores da cidade de Braunschweig, na Baixa Saxônia, confirmaram nesta semana a apresentação de acusações criminais contra o CEO Herbert Diess, bem como o presidente do conselho de supervisão Hans Dieter Poetsch e o ex-CEO Martin Winterkorn. A denúncia envolve, entre outras acusações, prática do crime de manipulação do mercado de ações.

Galeria: Volkswagen Dieselgate

As autoridades argumentam que houve atraso, por parte dos dirigentes da empresa, no ato de informar aos investidores detalhes sobre as irregularidades que acometiam a companhia. "Eles seguiram uma estratégia para chegar a um acordo com as autoridades dos EUA sem divulgar todas as informações relevantes", disseram os promotores em comunicado. 

A acusação tem 636 páginas e alega que Winterkorn estava totalmente ciente do assunto e de possíveis danos financeiros à Volkswagen a partir de março de 2015. As ações da Volkswagen caíram até 37% em valor nos dias que se seguiram ao escândalo. Os promotores argumento que se os investidores soubessem da fraude no teste de emissões, poderiam ter vendido os papéis mais cedo ou simplesmente não tê-los comprado.

Os advogados dos três acusados ​​disseram que irão contestar as acusações de que sabidamente retinham informações vitais, enquanto a Volkswagen disse que seu conselho de supervisão se reunirá imediatamente para discutir as acusações que, se aceitas por um tribunal estadual de Braunschweig, levarão a uma data para julgamento.

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