Se o mês de julho servir de indicativo, o 2º semestre de 2019 será bom para a indústria automotiva nacional. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga o balanço do último mês e aponta crescimento de 8,4% na produção, alcançando 266,4 mil veículos, acompanhando o aumento de 9,1% nos emplacamentos e de 4,2% nas exportações.
Com o resultado de julho, o mercado nacional alcançou 1,74 milhão de veículos produzidos desde janeiro, 3,6% mais do que no ano passado. Os licenciamentos chegaram a 1,55 milhão, com crescimento de 12,1%. Em comparação a junho, a produção subiu 14,2%, com 266,4 mil unidades fabricadas, enquanto os emplacamentos chegaram a 243,6 mil unidades, um aumento de 9,1%.
As fabricantes estão procurando alternativas para contornar a queda nas exportações causada pela crise na Argentina. A quantidade de veículos exportados cresceu 4,2% em comparação a junho, registrando 42,1 mil unidades, graças aos envios para Colômbia e México. Embora seja uma ajuda, não é o suficiente para compensar o impacto causado pela Argentina. “Ainda são mercados pequenos para nós”, explica Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Embora a produção tenha crescido, os empregos caíram 0,4% em comparação com junho. A Anfavea não confirma, mas a queda pode ter sido causada pelo fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo do Campo. A fabricante iniciou o desligamento de 750 funcionários em julho, encerrando a produção do Fiesta no dia 31.
O cenário ainda não foi o suficiente para a Anfavea mudar as projeções para 2019. A associação acredita que a produção chegará a 2,99 milhões de unidades, 8,9% mais do que em 2018, enquanto as exportações contabilizarão uma queda de 28,5%, alcançando a marca de 450 mil unidades.
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