Ford Ka sairá de linha na Europa em setembro
Compactos de entrada estão ficando em situação complicada no Velho Continente
O fim do Ford Ka na Europa, onde é vendido como Ka+, está bem próximo. A montadora norte-americana confirma que o hatchback deixará de ser vendido no Velho Continente em setembro, citando a dificuldade de mantê-lo dentro das metas de emissões de CO2 válidas a partir de 2020, o que faria com que custasse mais pelas penalidades. Apesar de sair de linha na Europa, o Ka continuará sendo vendido e fabricado no Brasil normalmente.
Galeria: Ford Ka+ 2019
A informação de que o Ford Ka deixaria de ser vendido na Europa já circulava há um tempo. De acordo com o Automotive News, a fabricante teria avisado os concessionários europeus em abril e um porta-voz da marca disse que irá encerrar a importação do carro em setembro – o Ka+ vendido na região é fabricado na Índia.
As vendas do Ford Ka na Europa também não justificam o trabalho de importá-lo da Índia. Em 2018, foram vendidas cerca de 50 mil unidades do hatchback, muito pouco para um continente inteiro – como comparação, o Ka teve 103.286 unidades emplacadas no Brasil durante o ano passado. E a situação está pior neste ano. Segundo a JATO Dynamics, a Ford vendeu 22.406 unidades do hatch de janeiro a maio, uma queda de 13% ante 2018.
Além do baixo volume de vendas, o Ka enfrenta um problema semelhante ao de outras marcas: os modelos compactos estão fazendo cada vez menos sentido no mercado europeu. A União Europeia está colocando metas cada vez mais rígidas de emissões de poluentes, o que exige um investimento maior das fabricantes em tecnologias. Esse custo deveria ser compensado no preço do carro, porém é difícil manter o veículo a um valor acessível e que ainda dê algum lucro.
Outras fabricantes também estão lidando com este problema. O Grupo PSA já confirmou que a Opel não irá mais vender o Karl e o Adam, enquanto rumores dizem que irá encerrar a venda do Peugeot 108 e Citroën C1. A Volkswagen também está brigando para manter o Up! vivo na Europa, apostando em uma estratégia de vendê-lo como seu carro elétrico de entrada.
Fonte: Automotive News
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