Nascida em 2015 com o objetivo de representar a Fiat no segmento de veículos 4x4, a picape média Fullback não conseguiu galgar vida longa no mercado. Em entrevista recente concedida à revista britânica AutoExpress, o chefe da divisão comercial da Fiat, Richard Chamberlain, confirmou que o modelo não está mais sendo oferecido e que a decisão de encerrar a parceria com a Mitsubishi foi motivada por vários fatores. Em especial, o executivo destacou a rigidez das regras anti-poluição da Europa e o desempenho fraco do modelo no próprio mercado europeu e países do Oriente Médio, África e América Latina.
Desenvolvida a partir da atual geração da L200 Triton (estratégia conhecida no mercado como rebadge), a Fullback foi, na prática, a solução mais rápida encontrada pela FCA para ter representação no segmento de picapes médias. Apesar da herança positiva, não conseguiu repetir o sucesso do modelo japonês (recentemente renovado) e acabou derrapando nas vendas. No mercado espanhol, por exemplo, vendeu durante todo o ano de 2018 apenas 242 unidades, bem abaixo de concorrentes como a Toyota Hilux, que emplacou 3.781 exemplares. Além da Europa, era vendida no Oriente Médio, África e América Latina (incluindo Bolívia, Paraguai e Chile).
Sob o capô, todas as versões tinham motor 2.4 turbodiesel (idêntico ao utilizado pela L200 Triton). Na variante de entrada o bloco rendia 150 cv e vinha sempre ligado à uma transmissão manual de 6 marchas. Na topo de gama, a potência subia para 180 cv e o câmbio poderia ser automático de 5 velocidades. A tração era acionada eletronicamente, com três modos na versão SX (2H, 4H e 4L) e quatro na LX (2H, 4H, 4HLc e 4LLc). Além da Fullback, a parceria com a Mitsubishi rendeu também um modelo com a logomarca RAM, a chamada 1200, que foi vendida no Oriente Médio e que também deve sair de linha com o encerramento da parceria.
A partir de agora, a expectativa é que a FCA concentre esforços no desenvolvimento de uma picape média própria - modelo que vem sendo especulado há bastante tempo e que deve chegar ao mercado no início da próxima década.
Fonte: Auto Express
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