Prós e contras: Chevrolet Spin Activ7

A versão aventureira do Chevrolet Spin tem uma árdua missão: convencer o comprador dos SUVs compactos que ele pode entregar mais espaço por quase o mesmo preço das versões de entrada dos crossovers sem abrir mão do estilo fora-de-estrada. O Spin Activ7, com sete lugares, foi a versão escolhida para este "Prós e contras". 

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Prós

O Spin tem preços que variam de R$ 67.290 a R$ 84.690, com cinco lugares, e de R$ 82.590 a R$ 88.590 com sete lugares. No mercado, não há SUV ou qualquer outro modelo que ofereça o espaço interno e o porta-malas do Spin nesta faixa de preços, além da terceira fileira de bancos. Os bancos da segunda fileira, agora corrediços, e os 710 litros de capacidade de bagagem são os principais atrativos da minivan. Assim, o modelo oferece conforto para cinco ocupantes adultos e ainda mais duas crianças (ou adultos em caronas rápidas) no banco extra do "fundão". 

Mesmo não sendo um carro pequeno (quase 4,42 m de comprimento e 1.275 kg), o Spin se destaca na hora de andar pela cidade. O motor 1.8 de 8 válvulas privilegia o torque em baixas rotações, com pico de 17,7 kgfm em 2.600 rpm, o que torna a condução confortável e até econômica - os 7,2 km/litro de etanol são uma marca semelhante a de alguns compactos automáticos em nossos testes. A suspensão filtra bem o que chega aos ocupantes e não deixa a carroceria balançar excessivamente, mesmo em curvas mais fechadas. Seria interessante ter a opção de levar os pneus normais (ela vem de série com pneus de uso misto) para quem não for trafegar por estradas de terra, pois eles são barulhentos no asfalto. 

A Chevrolet eliminou o estepe na tampa traseira do Spin Activ. Isso melhorou, além da estética, o comportamento dinâmico do carro, já que eliminou o peso extra na extremidade do carro. A suspensão e direção elétrica foram retrabalhados e ficaram mais comunicativos com o motorista sem perder o conforto. Até os novos materiais no acabamento, como os arcos cromados em metal, deram um novo aspecto para o Spin. Sem falar no desenho externo, mais harmônico. Os faróis ficaram mais estreitos, a grade foi reduzida e a traseira ganhou lanternas duplas, agora horizontais. 

Contras

Para um carro com proposta familiar e preço acima dos R$ 80 mil, o Spin deve (e muito) no quesito segurança. Traz apenas os airbags frontais e o ABS obrigatórios por lei. Não possui os controles de estabilidade e tração, airbags laterais ou de cortina e nem mesmo um simples aviso de não uso do cinto de segurança no banco do passageiro. Ao menos traz o sistema Isofix no banco traseiro para a fixação de cadeiras infantis. 

Tarefas simples do dia a dia como regular a intensidade e temperatura do ar-condicionado, acertar os retrovisores elétricos e mudar as funções na central multimídia são mais complicadas no Spin. Tudo isso exige esticar mais o corpo e desviar a atenção do trânsito. Os comandos do ar são baixos, o dos retrovisores está na porta (próximo da coluna A), e a multimídia fica longe das mãos, principalmente os botões físicos, mais próximos do passageiro que do motorista. 

O antigo motor 1.8 pode ainda agradar na cidade, mas fica por aí. Coloque carga no Spin e pegue uma estrada para notar que os 111 cv são pouco para levar tudo isso e ainda manter uma velocidade confortável ou fazer uma ultrapassagem. Dito isso, o 1.4 turbo do Tracker e Cruze cairia bem no Spin - quem sabe na próxima geração? 

Ficha Técnica - Chevrolet Spin Activ7 2019