Revelada ao mundo desde o início do ano, quando estreou em alguns mercados da Ásia, a endiabrada versão Raptor da Ford Ranger finalmente começou a ser produzida em série nesta semana na Tailândia. Herdeira do sobrenome consagrado usado há anos pela grandalhona F-150 na América do Norte, a camionete se diferencia das demais variantes pela agressividade extra presente no visual e pelo conjunto mecânico único, formado pela união de um motor 2.0 turbodiesel com um câmbio automático de 10 marchas.
Fruto de um trabalho conjunto tocado por engenheiros dos Estados Unidos, Austrália e Tailândia, a Ranger Raptor traz nível de preparação superior ao de qualquer outra Ranger. Entre outros destaques, usa suspensão Fox feita sob medida, com curso longo e amortecedor coilover Watts Link na traseira, além de rodas exclusivas de 17 polegadas calçadas por pneus BF Goodrich All-Terrain, proteção inferior adicional e o apimentado modo de condução Baja - sistema emprestado da F-150 Raptor que trava a transmissão no modo de tração 4x4, reduz a atuação do sistema de estabilidade e aumenta a resposta do acelerador.
Além disso, tem sob o capô um motor 2.0 diesel de quatro cilindros equipado com dois turbos que gera 213 cv e 51 kgfm de torque. Os números não são os mais robustos do segmento (a Amarok 3.0 V6, por exemplo, rende 224 cv e a Mercedes-Benz Classe X 350d V6 entrega 258 cv), mas prometem desempenho acima da média. Toda a força é enviada para as quatro rodas através do novo câmbio automático de 10 marchas, desenvolvido em uma parceria da Ford com a General Motors.
Em outros mercados, como Estados Unidos, a expectativa fica para a adoção de motores a gasolina, provavelmente o 2.3 turbo de 310 já usado pela versão local ou ainda um V6 de litragem superior. No Brasil, onde o lançamento é bastante cogitado, fontes internas adiantam que a Ford poderá adotar uma versão mais potente do atual motor 3.2 turbodiesel de 5 cilindros, que por enquanto rende 200 cv.
Fotos: Divulgação
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