Embora estejam cada vez mais próximas, Renault, Nissan e Mitsubishi não farão uma fusão. Carlos Ghosn, CEO da Aliança Renault-Nissan, revelou à acionistas da Mitsubishi durante um encontro que as chances da Renault assumir o controle completo de ambas as marcas japonesas é zero. Segundo o executivo, o assunto não está nem em discussão internamente.
Rumores apontavam que a Renault-Nissan já preparava uma maneira do governo francês abrir mão de sua influência na Renault (é a maior acionista da fabricante) para que ela pudesse fazer uma fusão com a Nissan e, consequentemente, com a Mitsubishi. Isso aumentaria a sinergia entre as três empresas, que já estão compartilhando plataformas e motores para reduzir custos de pesquisa e desenvolvimento.
Atualmente, a Renault tem 43,4% de ações da Nissan, enquanto a Nissan tem 15% da Renault, negociação feita em 1999 quando começaram a parceria. A Mitsubishi entrou na brincadeira em 2016, quando a Nissan comprou 34% da empresa e assumiu o controle operacional, após a Mitsubishi ver seu valor de mercado despencar após a descoberta de um esquema de fraude nos testes de emissões de poluentes.
Para Ghosn, unir as marcas ou colocar a Renault na liderança com a compra das outras empresas é desnecessário. O executivo acredita que manter a independência de cada fabricante é importante, pois irá diferenciar a Aliança de outros grupos como Volkswagen, e que o ponto chave é vender mais carros e melhorar o lucro enquanto reduz a duplicação desnecessária de processos.
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