Na contramão da estratégia seguida pela Ford, que recentemente anunciou sua retirada do segmento de sedãs nos Estados Unidos, a Volkswagen confirmou que seguirá firme apostando na categoria. Em conversa com o site Digital Trends, o chefão Hinrich Woebcken lembrou da importância dos três volumes para a empresa nos mais variados mercados e reiterou a chegada de novidades em breve. "Estamos pretendendo ser uma fabricante de carros capaz de oferecer uma linha completa", argumentou.
A favor dos sedãs, Woebcken mencionou a chegada recente da nova geração do Jetta e prometeu para logo a substituição da atual encarnação do Passat norte-americano. Além disso, lembrou que os sedãs levam vantagem sobre outras carrocerias no segmento elétrico, em especial por questões aerodinâmicas. “Quando você está falando sobre carros elétricos, os sedãs têm mais vantagens. A forma e o coeficiente de arrasto têm efeito na autonomia. Portanto, talvez tenham maior participação entre elétricos do que outras categorias", disse.
Não por acaso, o chamado I.D. Vizzion (protótipo sedã da nova família de elétricos da marca) apresenta maior alcance que os irmãos Crozz (SUV) e Buzz (minivan) - 665 quilômetros, contra 500 km e 435 km, respectivamente. Ainda assim, o executivo alerta que "a questão de saber se a mobilidade elétrica favorecerá sedãs ou SUVs ainda não foi respondida".
Por isso mesmo, Woebcken garantiu a manutenção dos sedãs, mas disse que não deixará de lado pesados investimentos em SUVs. Só nos EUA, a marca lançará até 2020 o Atlas Cross Sport (variante de 5 lugares) e o inédito Tarek - modelo que também chegará ao Brasil. No longo prazo, a empresa avalia o avanço dos utilitários como algo permanente e diz que a tendência não irá se reverter.
Fonte: Digital Trends
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