Porsche abandona diesel em definitivo e alega "mudança cultural"
Panamera e Macan eram os últimos do portfólio equipados com motores a óleo
Ainda como reflexo direto do devastador Dieselgate, a Porsche anuncia nesta semana o encerramento definitivo da produção de veículos movidos a diesel. Últimos representantes da marca na categoria, os modelos Panamera 4S Diesel e Macan S Diesel foram oficialmente descontinuados sob a justificativa de acompanhar a "mudança cultural" vivenciada pelo mercado. Desde a descoberta do escândalo, a má fama adquirida por motores do tipo derrubou as vendas em toda a Europa e normas anti-poluição tornaram-se significativamente mais rígidas.
Um dos principais chefões da marca, Oliver Blume disse abertamente que "o diesel não é tão importante para a Porsche". E, na prática, não era mesmo. De acordo com dados de vendas, apenas 15% dos modelos entregues globalmente pela marca em 2017 foram equipados com motores a óleo. No caso do Panamera, em especial, a versão que mais vende é a 4 E-Hybrid, responsável por mais de 50% dos emplacamentos. No Macan, as variantes diesel representaram uma parcela mínima das 97 mil unidades produzidas.
Ao contrário do que acontece com motores a gasolina, a Porsche nunca desenvolveu seus próprios propulsores a diesel - todos eram oriundos de outras marcas do grupo Volkswagen. O primeiro carro da marca alimentado pelo combustível foi o Cayenne da primeira geração, posto à venda em 2002. Um década e meia depois, o SUV chegou ao mercado em terceira linhagem já sem esta opção.
A partir de agora, todos os esforços da serão concentrados no desenvolvimento de powertrains eletrificados. O Mission E, por exemplo, é um grande promessa.
Fotos: Divulgação e Arquivo
Galeria: Porsche Panamera 4 e-Hybrid
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