Em meio à discussão de uma série de reformas (entre elas a tributária e a previdenciária), o governo da Argentina aprovou nesta semana mudanças também no código de trânsito local. Entre outras medidas, passa a ser obrigatória para carros novos no país a presença de luzes de acendimento automático e circulação diurna, as chamadas DRLs (Daytime Running Lights). Em carros de segmentos mais caros, estes itens são de LED e têm designs e formatos variados, mas a obrigatoriedade não inclui esse tipo mais moderno de iluminação, ficando livre a adoção de outras soluções consideradas mais baratas.
Além disso, fica autorizada a homologação de veículos produzidos dentro do padrão norte-americano de iluminação. Ou seja, a partir de agora veículos fabricados com luzes de seta traseiras de cor vermelha (e não amarela, como no padrão europeu) poderão ser comercializados normalmente. Este era um dos motivos que obrigava modelos como Chevrolet Camaro e Ford Mustang a serem vendidos por lá apenas em suas configurações europeias. A medida também abre portas para a chegada de outros modelos feitos dentro dessa mesma especificação.
Mudanças também no Brasil
No Brasil, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) estabeleceu que as DRLs passarão a ser obrigatórias em 2021, mas a decisão argentina poderá acabar antecipando as exigências por aqui. Não custa lembrar, os dos dois países negociam há semanas a adoção de legislações padronizadas para o setor automotivo a fim de igualar o máximo possível os dois mercados.
Atualmente, existem mais de 200 diferenças entre um mesmo carro vendido lá e aqui, o que atrapalha o planejamento operacional e dificulta o processo de fabricação. Os dois países são fiéis parceiros comerciais no setor e os carros produzidos do lado de cá da fronteira respondem por considerável parcela das vendas hermanas. Só no acumulado de 2017, a participação é de mais de 58%.
Fotos: Divulgação e arquivo Motor1.com
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