Seat confirma volta à Argentina e planeja produção no México

Marca aposta nos mercados da América do Sul, mas poderia voltar também ao Brasil?

2017 Seat Ibiza First Drive 2017 Seat Ibiza First Drive

Após saídas abruptas ocorridas em 2002 e, posteriormente, em 2011, a espanhola Seat anuncia nesta semana seu retorno à Argentina com força total. Em entrevista concedida ao site IberoEconomía, o vice-presidente comercial da marca, Wayne Anthony Griffiths, adiantou detalhes sobre os novos planos e, de quebra, confirmou o desembarque também no Chile - com possibilidade de atuação em outros países logo na sequência. As operações acontecerão inicialmente via importação e quatro modelos foram confirmados até agora - Ibiza, Arona, León e Ateca. Em um futuro próximo, há estudos até para uma eventual produção no México, aproveitando as instalações da Volkswagen em Puebla.

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"Analisamos todos os países e nossa intenção é reforçar nossa presença nos mercados onde já estamos presentes, como a Colômbia e o Peru, e chegar a outros, como Argentina e Chile, com os modelos Ateca e Arona, sem esquecer do Ibiza e do León", disse Griffiths. Questionado sobre a produção mexicana, o executivo não apenas confirmou os planos como também enumerou uma série de vantagens. "Produzir no México contribuiria para ganhar agilidade e reduzir um volume significativo de custos administrativos e obstáculos à comercialização na América Latina. Estamos analisando a situação", finalizou.

Até então restrita à Europa, a Seat vem passando por um verdadeiro processo de revitalização nos últimos anos. Sob o comando do grupo VW, a marca lançou uma série de novos modelos e ingressou em segmentos até então nunca antes explorados, como o de SUVs. Atualmente, são dois representantes nesta categoria (Arona e Ateca) e um terceiro, de grandes dimensões, deve surgir até meados do ano que vem. Em consonância com a renovação do portfólio, a empresa começou a atuar também em novos mercados, chegando não apenas à países da América Latina como também à nações do norte da África.

O anúncio de uma eventual operação fabril no México reforçará a atuação na região e pode ser interpretado até mesmo como indicativo de uma possível volta ao Brasil - onde a marca atuou entre 1995 e 2002. Por aqui, foram comercializados os modelos Ibiza (derivado do Polo) e Cordoba, além do multiuso Inca. Resta saber quais estratégias poderiam ser usadas para evitar a concorrência interna com os modelos da própria VW.

Fonte: IberoEconomía
Fotos: Divulgação

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