O Volkswagen Golf GTI se tornou o hot hatch definitivo com o legado de 40 anos de história. Aqui está tudo que você precisa saber sobre ele.
Em 1974, o Golf tomou o lugar do Fusca como o carro popular da VW. Ele era acessível, prático e agradável de ver. Mas não demorou para que os engenheiros alemães começassem a sonhar com um Golf mais rápido.
Inicialmente chamado de "Sport Golf", o GTI começou a nascer. Os engenheiros pegaram um motor 1.6 da Audi e lhe deram modernos bicos injetores de combustível. O resultado foi um Golf com 110 cv - nada mal considerando que ele começou com apenas 75 cv.
O projeto então foi apresentado oficialmente aos chefões da VW e impressionou. Apesar disso, eles não esperavam que muita gente fosse comprá-lo - afinal, era apenas uma versão mais rápida de um carro usado para ir ao mercado. Mas, quando o GTI foi finalmente exposto no Salão de Frankfurt, ele se tornou um sucesso imediato, para surpresa dos executivos da marca.
O Golf original foi desenhado pelo icônico designer italiano Giorgetto Guigiaro. Reconhece esse nome? Ele foi responsável por carros como BMW M1, DeLorean DMC-12 e Lotus Espirit. No Brasil, Giugiaro é mais conhecido pelos Fiat Uno e Punto. Mantendo a silhueta do Golf, o GTI tinha como principal diferença um friso vermelho ao redor da grade.
Ao longo das gerações do esportivo, uma tradição do GTI que remonta ao original é a manopla de câmbio em forma de uma bola de golfe. Colocada no carro por razões óbvias, também mostra uma pitada de senso de humor alemão.
O GTI é sem dúvidas o hot hatch mais famoso do mundo, mas ele não foi o primeiro. A honra cabe ao Simca 100TI. Nunca ouviu falar? Ninguém vai te zombar por isso...
Em 1974, a marca francesa Simca lançou o 1100TI com 84 cv. Tinha embreagem reforçada, suspensão mais firme e freios maiores. Embora isso seja comum em versões "esportivadas" hoje em dia, na época era síntese de um hot hatch.
O GTI de 641 cv
O Grupo VW é vasto e conta com uma série de outras marcas. Pois quando eles resolveram fazer um Golf GTI especial para o famoso festival Wörthersee, os engenheiros se aproveitaram disso. Pegaram motor da Bentley, freios da Lamborghini e uma série de componentes da Audi. O resultado foi um Frankenstein poderoso.
O GTI W12-650 produz 641 cv vindos de um motor 6.0 litros de 12 cilindros em W. Ele acelera de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos e chega a uma velocidade máxima acima dos 320 km/h! Continua sendo o GTI mais rápido, mas infelizmente nunca ganhou as linhas de produção. A boa notícia ao menos é que se você quiser conhecê-lo pessoalmente, isso é possível, pois ele está em exibição no museu da Volkswagen, aberto ao público, localizado em Wolfsburg, Alemanha.
O legado do GTI se estende por mais de 40 anos e agora por sete gerações. Lançado no fim de 2016, o Clubsport Edition 40 chegava para comemorar este marco.
Foram apenas 1.000 unidades foram produzidas, vendidas por 32.350 libras (cerca de R$ 133,5 mil). O que você recebe por essa grana? Além dos ajustes esportivos de sempre na carroceria, a potência foi elevada de 230 cv para 265 cv. Se você precisar de ainda mais desempenho, o Edition 40 pode te dar mais 25 cv por 10 segundos via overboost, chegando aos 290 cv "originais" de fábrica.
No Brasil, o Golf permaneceu por muito tempo estacionado na geração 4, depois, a chamada 4,5. No fim de 2013 chegava, enfim, a sétima geração totalmente alinhada com o mercado europeu. Aliás, o modelo chegava importado "direto da fonte", a planta de Wolfsburg na Alemanha, dotado de itens como freio de estacionamento eletrônico, suspensão multilink e câmbio DSG de 7 marchas para a versão equipada com o motor 1.4 TSI e DSG de 6 velocidades para o GTI com seu 2.0 TSI.
Depois de um tempo, o modelo começou a ser importado do México. As duas versões começaram a perder alguns diferenciais, como o freio eletrônico. Em janeiro de 2016, foi iniciada a produção do Golf no Brasil, na planta da Volkswagen localizada em São José dos Pinhais. Com isso, novidades boas e outras não também chegaram, como a substituição da transmissão DSG de 7 marchas pelo automático Tiptronic de 6 marchas por conta de reclamações e problemas enfrentados pelo câmbio automatizado. A suspensão multilink também cedeu espaço a uma mais simples com eixo de torção. Também entraram em cena a versão 1.6 MSI e 1.0 TSI, ambas com câmbio manual, mas a 1.6 não resistiu por muito tempo.
Boa notícia para o GTI é que sua configuração permaneceu inalterada. A transmissão permanece sendo a DSG de seis marchas, a suspensão traseira também segue com o sistema multilink assim como o padrão de acabamento. Para ficar melhor ainda, o modelo nacional anda mais que o importado (veja o nosso teste completo aqui)
Alemão, mexicano ou brasileiro, o Golf GTI segue como um esportivo multitalentoso que serve para levar seus filhos à escola (incluindo duas cadeirinhas no banco traseiro), fazer as compras do mês, viajar com a família e ainda se divertir nas serrinhas da vida.
Por enquanto é isso, pois a oitava geração do Volkswagen Golf tem previsão para chegar ao mercado apenas em 2019. Obviamente, junto com uma versão ainda mais rápida do GTI.
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