Acompanhada pela imprensa há pelo menos 2 anos, a novela que envolve a venda da Ducati pela Volkswagen ganha um novo capítulo nesta semana. Conforme relata a agência de notícias Reuters, empresas chinesas e indianas já demonstraram interesse na aquisição, mas o surgimento de um novo (e forte) comprador pode, finalmente, resultar no fechamento do negócio. Trata-se de ninguém menos do que a Harley-Davidson, marca que poderia desembolsar cerca de US$ 1,67 bilhão pela compra.
Demais detalhes sobre a negociação ainda são desconhecidos, mas a publicação adianta que a Harley poderia fazer a proposta já no próximo mês de junho. A Volks, porém, só estaria disposta a fechar a venda depois da realização do Salão de Milão (maior evento de motos do mundo), marcado para acontecer em novembro, na Itália.
O interesse dos norte-americanos na Ducati são grandes. Confirmada a compra, a Harley teria acesso a um leque vasto e valioso de tecnologias, incluindo motos de chassi leve com alta potência, controles eletrônicos de tração, mapas de potência e sistema “anti-empinada”, entre tantos outros. De quebra, remoçaria sua carteira de clientes com consumidores mais jovens e se beneficiaria da presença da marca italiana em competições esportivas.
Sediada em Bolonha, a Ducati foi comprada em 2012 por meio da Audi pela quantia de 860 milhões de euros. Era considerada uma preferência do chefão alemão Ferdinand Pïech, que sempre quis adicioná-la a sua coleção corporativa. Com Piech agora fora da Volks, não há grandes impeditivos para o fechamento do negócio.
Fotos: divulgação
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