Trazida à tona pela imprensa norte-americana há pelo menos um mês, a acusação de fraude envolvendo as emissões de modelos diesel do grupo FCA ganha uma novo capítulo nesta semana. Conforme relata a agência de notícias Automotive News, testes promovidos pela Universidade de West Virgínia, nos EUA, descobriram que o motor 3.0 usado por diversos veículos da empresa emite pelo menos 20 vezes mais gases poluentes que o limite permitido por lei.
De acordo com o relatório, o excesso de poluição varia de 3 a 20 vezes além do estabelecido pela legislação e inclui, especificamente, níveis em excesso de óxido de nitrogênio (um dos grandes responsáveis pela chuva ácida, além de diversos problemas pulmonares). Os modelos envolvidos na polêmica são o SUV Jeep Grand Cherokee e a picape RAM 1500. Coincidência ou não, estes testes foram promovidos pelos mesmos pesquisados que revelaram o escândalo do Dieselgate da Volkswagen.
"Aferimos resultados de emissões em ciclos simulados que eram muito divergentes dos resultados reais na estrada, sugerindo que o veículo era controlado de diferentes formas", disse Daniel Carder, um dos responsáveis pela pesquisa. As provas foram realizadas com cinco unidades ano-modelo 2014-2015, usando equipamentos portáteis para medir as emissões. Há indícios do uso de um software manipulador, bastante semelhante ao que rendeu seriíssimos problemas à VW.
A FCA, porém, nega todas as acusações. Em comunicado, a marca questionou a metodologia usada nas provas e solicitou mais informações sobre como o estudo foi realizado. Além disso, afirmou que os testes foram encomendados por um escritório de advocacia que claramente tem interesse em processar a marca para obter ganhos sobre a causa.
Fotos: divulgação
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